Brasil

Moraes manda redes sociais enviarem à PGR posts de Bolsonaro sobre STF, TSE e Forças Armadas

Ordem foi dada na investigação sobre os autores intelectuais dos atos golpistas do dia 8 de janeiro

Moraes: ministro do STF está avaliando ataques ao processo eleitoral nas eleições de 2022 (Antonio Cruz/Agência Brasil)

Moraes: ministro do STF está avaliando ataques ao processo eleitoral nas eleições de 2022 (Antonio Cruz/Agência Brasil)

Estadão Conteúdo
Estadão Conteúdo

Agência de notícias

Publicado em 10 de agosto de 2023 às 15h42.

Última atualização em 10 de agosto de 2023 às 15h48.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta quinta-feira, 10, que as redes sociais compartilhem com a Procuradoria-Geral da República (PGR) todas as publicações do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que tenham relação com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), as Forças Armadas, as eleições e o próprio STF.

A ordem foi dada na investigação sobre os autores intelectuais dos atos golpistas do dia 8 de janeiro. Moraes mandou notificar Instagram, LinkedIn, TikTok, Facebook, Twitter e YouTube.

Fique por dentro das últimas notícias no Telegram da Exame. Inscreva-se gratuitamente

As plataformas também devem informar se extremistas denunciados por envolvimento nos protestos violentos seguem ou seguiam ou ex-presidente nas redes sociais e se compartilharam publicações de Bolsonaro com ataques ao sistema eleitoral.

O ministro despachou a pedido da PGR. O órgão busca entender o alcance das publicações de Bolsonaro contra as urnas e as instituições.

Ao atender o pedido, Moraes justificou que as garantias individuais não podem servir como "escudo" para a prática de crimes. "Imprescindível a realização das diligências requeridas pela PGR, inclusive com a relativização excepcional de garantias individuais", escreveu.

Bolsonaro foi incluído no rol de investigados do inquérito porque publicou, no dia 10 de janeiro, um vídeo com questionamentos sobre o resultado da eleição. A postagem foi apagada horas depois. Em depoimento à Polícia Federal, ele alegou que estava sob efeito de remédios e que a publicação foi acidental.

Sem se referir diretamente ao ex-presidente, Moraes já escreveu diversas vezes em seus despachos sobre o 8 de janeiro que autoridades coniventes e omissas serão responsabilizadas pelos atos golpistas.

Acompanhe tudo sobre:Alexandre de MoraesSupremo Tribunal Federal (STF)CPMI do 8 de janeiroFacebookTwitterTikTokPolícia Federal

Mais de Brasil

Gilmar Mendes retira discussão sobre mineração em terras indígenas de conciliação do marco temporal

Governo quer aumentar pena máxima de 4 para 6 anos de prisão a quem recebe ou vende celular roubado

Alexandre de Moraes arquiva investigação contra Bolsonaro sobre fraude em cartão de vacina

PEC da Segurança será enviada ao Congresso nas próximas semanas, diz Sarrubbo