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Moraes determina que PGR se manifeste sobre norma do CFM que restringia aborto legal

Ministro do STF suspendeu resolução que dificultava procedimento em casos de estupro

Drawing of female reproductive system with judge's gavel and stethoscope. Conceptual about abortion, legislation, feminism, woman (Divulgação/Getty Images)
Agência o Globo

Agência de notícias

Publicado em 16 de julho de 2024 às 10h10.

Última atualização em 16 de julho de 2024 às 10h14.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), abriu um prazo de cinco dias para a Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentar manifestação em um processo que discute uma resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM) que dificulta o aborto legal em casos de estupro.

Em maio, Moraes atendeu a um pedido do PSOL e suspendeu a resolução, que proibia a utilização de uma técnica clínica (assistolia fetal) para a interrupção de gestações acima de 22 semanas decorrentes de estupro. A técnica utiliza medicações para interromper os batimentos cardíacos do feto, antes de sua retirada do útero, e é considerada essencial para o cuidado adequado ao aborto.

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A decisão de Moraes começou a ser analisada no plenário virtual do STF, mas o julgamento foi interrompido por um pedido de destaque do ministro Nunes Marques, o que leva o caso para o plenário físico. Ainda não há data para a análise ser reiniciada.

No mês passado, o ministro determinou que hospitais municipais de São Paulo informassem se estavam cumprindo a decisão. A Secretaria Municipal de Saúde da cidade afirmou ao STF que "vem orientando constantemente suas equipes a manter o programa funcionando adequadamente".

Além disso, o Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp) informou a Moraes que estão paralisadas todas as investigações abertas para apurar possíveis desvios éticos a médicos que realizaram abortos legais no estado.

Acompanhe tudo sobre:Supremo Tribunal Federal (STF)PGR - Procuradoria-Geral da RepúblicaAlexandre de Moraes

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