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Moraes decreta prisão preventiva dos 11 suspeitos de atos antidemocráticos em Brasília

PF só localizou quatro alvos até o momento; sete estão foragidos

Alexandre de Moraes: além das prisões, a PF também realizou busca e apreensão nos endereços dos investigados (TSE/Reprodução)

Alexandre de Moraes: além das prisões, a PF também realizou busca e apreensão nos endereços dos investigados (TSE/Reprodução)

AO

Agência O Globo

Publicado em 6 de janeiro de 2023 às 18h47.

Última atualização em 6 de janeiro de 2023 às 18h57.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes decidiu converter em prisões preventivas (sem prazo para terminar) as detenções dos 11 suspeitos de atos antidemocráticos e de vandalismo realizados em Brasília no início do mês passado.

Alvos de operação da Polícia Federal deflagrada na semana passada, as prisões deles até agora eram temporárias, e o prazo venceria nesta sexta-feira.

A PF só localizou quatro alvos até o momento: Átila Melo, Klio Hirano, Joel Pires Santana e Samuel Barbosa Cavalcante. Os outros sete alvos de mandados de prisão são considerados foragidos: Alan Diego dos Santos, Helielton dos Santos, Ricardo Aoyama, Silvana Luizinha da Silva, Walace Batista da Silva, Wellington Macedo e Wenia Morais Silva.

A investigação foi aberta pela PF para apurar a tentativa de invasão do prédio da corporação, em Brasília, realizada no dia 12 de dezembro. Bolsonaristas protestavam contra a prisão do líder indígena bolsonarista José Acácio Serere Xavante, depredaram o prédio da PF e promoveram atos violentos em Brasília, incendiando veículos e até mesmo tentando jogar um ônibus de cima de um viaduto na capital federal.

De acordo com os investigadores, todos os alvos teriam participado dos atos de depredação que tiveram início com a tentativa de invasão da sede da PF e acabaram atingindo veículos e outros locais da capital. Alguns teriam sido responsáveis inclusive por obter galões de gasolina usados para incendiar veículos.

Além das prisões, a PF também realizou busca e apreensão nos endereços dos investigados. Um dos próximos passos da investigação é apurar se houve financiadores e a origem dos recursos que abasteceram os extremistas.

A investigação identificou que parte dos responsáveis pelos atos de vandalismo também participou da tentativa de realizar um atentado com uma bomba no aeroporto de Brasília, que foi interceptada antes de chegar ao local.

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