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Moradores do Grajaú enfrentam fila para entrar em ônibus

Um Plano de Apoio entre Empresas de Transporte em Situação de Emergência (Paese) foi acionado para atender aos passageiros prejudicados pela greve


	Estação Grajaú da CPTM, em São Paulo: a greve dos ferroviários começou ontem (12) à noite, após a CPTM rejeitar a proposta apresentada pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT).
 (Felipe Golfeto/Wikimedia Commons)

Estação Grajaú da CPTM, em São Paulo: a greve dos ferroviários começou ontem (12) à noite, após a CPTM rejeitar a proposta apresentada pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT). (Felipe Golfeto/Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 13 de junho de 2013 às 12h57.

São Paulo – Desde o início da manhã de hoje (13) moradores do bairro do Grajaú, no extremo sul da capital paulista, enfrentam uma grande fila para tentar embarcar nos ônibus que fazem o itinerário da Linha 9 – Esmeralda da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), que hoje não funciona por causa da greve dos ferroviários. Um Plano de Apoio entre Empresas de Transporte em Situação de Emergência (Paese) foi acionado para atender aos passageiros prejudicados pela greve.

Segundo a CPTM, utilizam a Linha 9 - Esmeralda, que faz o percurso Grajaú, bairro da zona sul da capital, a Osasco, na Grande São Paulo, cerca de 550 mil pessoas por dia.

Moradores do Grajaú relatam que a fila, no horário de pico, chegou a dobrar o quarteirão. Renata Maria Neves, 24 anos, normalmente leva 30 minutos para chegar ao trabalho, no bairro de Pinheiros, utilizando apenas o trem da Linha 9. Hoje, ela teve que se prevenir e sair mais cedo de casa. “Espero conseguir chegar antes das 11h”, declarou.

Já a babá Márcia Costa Ferreira, de 33 anos, está pouco otimista e não acredita que vai chegar a tempo ao trabalho, no bairro da Aclimação, na região central. “Fui pega de surpresa pela greve. Agora, não sei o que faço. São 9h30 e deveria entrar às 10h no meu emprego”.

Pricilla Aparecida Torres e Silva, de 28 anos, operadora de telemarketing, reclama da falta de informação. Ela foi orientada a entrar na longa fila única do sistema Paese e aguardar. Porém, não havia sido comunicada de que o ônibus a levaria apenas até a estação de Santo Amaro. “De lá vou ter de pegar outro ônibus para ir até o centro onde trabalho. É muita falta de informação.” Normalmente, Priscilla demora uma hora para chegar ao trabalho, mas hoje acredita que o percurso deve ser feito em pelo menos três horas.

A greve dos ferroviários começou ontem (12) à noite, após a CPTM rejeitar a proposta apresentada pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT) que previa, entre outros pontos, reajuste de 8,56%. O tribunal chegou a apelar para que os trabalhadores evitassem a paralisação antes que fosse anunciada uma decisão do TRT sobre o impasse.

Além da Linha 9 – Esmeralda, a paralisação atinge também as linhas 11 – Coral (Guaianazes/ Estudantes) e 12 – Safira (Brás/Calmon Viana), ambas atendem os moradores da zona leste. A Linha 11 atende cerca de 200 mil pessoas por dia e a Linha 12, 240 mil pessoas por dia.

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