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Montezano irá detalhar "abertura da caixa preta" e crédito a jatinhos

Detalhamento de operações também foi mencionada pelo presidente Jair Bolsonaro na noite de quinta-feira nas redes sociais

Gustavo Montezano: presidente do BNDES deu detalhes sobre o trabalho de análise e fiscalização de antigas operações concedidas pelo banco (Adriano Machado/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 16 de agosto de 2019 às 13h37.

Última atualização em 16 de agosto de 2019 às 13h39.

O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico ( BNDES ), Gustavo Montezano, deu alguns detalhes sobre o trabalho de análise e fiscalização de antigas operações concedidas pelo banco — esforço que tem sido chamado de "abertura da caixa preta" pelos membros do governo de Jair Bolsonaro . Ele prometeu detalhar a compra de cerca de 130 jatinhos financiada pelo banco de fomento.

Em entrevista à Rádio Gaúcha na manhã desta sexta-feira, 16, o presidente do BNDES disse que foram identificados desvios no trabalho passado do banco, como o financiamento para empresários comprarem jatinhos particulares entre 2009 a 2013, em torno de 130 aviões, número que será revelado oficialmente na próxima segunda-feira, 19.

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O detalhamento dessas operações também foi mencionada pelo presidente Jair Bolsonaro na noite de quinta-feira nas redes sociais.

"Todo o pessoal com jatinho, gente amiga do rei. Gente que tá dizendo por aí, por exemplo, que estamos no último capítulo do fracasso do Brasil. 'Eu sou opção para 2022'. Pode até ser, mas a gente vai mostrar o que você fez", disse Bolsonaro durante na redes sociais, ao mencionar que o dado será divulgado na segunda-feira - mesma data mencionada por Montezano.

À Rádio Gaúcha, o presidente do BNDES disse que o banco teria sido usado para financiamento a juro zero a clientes bilionários numa época de crise econômica. Também criticou a gestão do passado quanto a fomento de infraestrutura no exterior, gerando calotes, e que os dados virão a público até setembro, segundo ele, os quais se referem principalmente a financiamentos para obras em Cuba, Angola, Venezuela e Argentina.

Ele citou ainda um erro operacional em financiamentos à JBS - caso já comentado na imprensa.

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