Projeto para centro de SP se inspira em NY e outras cidades
Projeto para reurbanização do centro de SP inclui a construção de 20 mil unidades habitacionais. Escritório que fez projeto diz se inspirar em cidades desenvolvidas
Da Redação
Publicado em 5 de abril de 2013 às 15h53.
São Paulo – A região da Sé, no centro de São Paulo , concentra 20% dos empregos da capital, mas tem apenas 3% dos moradores da cidade. Após o horário comercial, o centro se torna uma área degradada e perigosa, segundo o prefeito Fernando Haddad , que apresentou hoje, junto com o governador Geraldo Alckmin , o Projeto Casa Paulista (confira abaixo o documento, na íntegra).
Mais um projeto entre outros a tentar a revitalização do centro – apesar de Haddad garantir que este não compete com planos anteriores, O Casa Paulista é baseado em uma mistura. O “misto” se deve não só às parcerias entre o governo estadual tucano e municipal petista, além de pedir apoio da iniciativa privada com o setor público, mas à ideia de tornar o próprio centro de São Paulo mais heterogêneo.
Segundo Philip Yang, fundador do Instituto Urbem, que desenvolveu o Casa Paulista, o projeto urbanístico criado nega dois estilos já usados em São Paulo: o de urbanização “BNH” e o “medieval” (condomínios cercados por muros).
“Queremos uma mistura e convívio de diferentes faixas de renda, em uma área com infraestrutura de transportes e com organização espacial que remete às cidades que gostamos de visitar, como Nova York , com calçadas largas, comércio, serviços e prédios direto na calçada”, disse o administrador. Outras cidades mencionadas são Barcelona e Copenhague.
O projeto prevê a construção de 20 mil unidades habitacionais, para “levar moradia para perto do posto de trabalho”, segundo o prefeito.
Os apartamentos subsidiados pelo governo e iniciativa privada serão destinados prioritariamente às famílias que trabalham no centro e moram, hoje, em outras regiões. Famílias que não tenham casas próprias também terão prioridade na distribuição. A iniciativa privada será responsável por comercializar os imóveis e cadastrar as famílias.
O diferencial do projeto está na forma como as unidades habitacionais serão distribuídas: 62% dos imóveis serão divididos para quatro faixas de renda, de famílias que ganhem de 755 a 4 mil reais. Os outros 38% serão distribuídos para famílias que ganham até 11 mil reais.
As prestações dos financiamentos, serão de 320 a 1.000 reais, dependendo da faixa na qual e encontra a família.
As plantas mostram que haverá também espaço para comércio e serviço, especialmente no térreo dos empreendimentos. Áreas verdes também serão contempladas, assim como reformas de ordem urbana, como alargamento de calçadas e construção de passarelas.
Parceria Público Privada
Para sair do papel, o Casa Paulista prevê um orçamento de 7,9 bilhões de reais, sendo 4,6 bi vindos de investimentos privados através de um contrato de concessão de 20 anos.
O governador Geraldo Alckmin se disse otimista em relação à parceria: “Eu sou um fã de PPP: trazemos a agilidade e a expertise do setor privado e temos integração com a Prefeitura”, disse.
Os locais e terrenos exatos ainda não foram divulgados porque o decreto não foi publicado. O Estado ficará com o encargo de realizar desapropriações necessárias para as obras, mas a questão financeira será operacionalizada pela empresas.
O edital final será publicado em junho e, segundo o governo do estado, a meta é contratar todas as operações no início de outubro.
Confira o documento oficial do governo:
São Paulo – A região da Sé, no centro de São Paulo , concentra 20% dos empregos da capital, mas tem apenas 3% dos moradores da cidade. Após o horário comercial, o centro se torna uma área degradada e perigosa, segundo o prefeito Fernando Haddad , que apresentou hoje, junto com o governador Geraldo Alckmin , o Projeto Casa Paulista (confira abaixo o documento, na íntegra).
Mais um projeto entre outros a tentar a revitalização do centro – apesar de Haddad garantir que este não compete com planos anteriores, O Casa Paulista é baseado em uma mistura. O “misto” se deve não só às parcerias entre o governo estadual tucano e municipal petista, além de pedir apoio da iniciativa privada com o setor público, mas à ideia de tornar o próprio centro de São Paulo mais heterogêneo.
Segundo Philip Yang, fundador do Instituto Urbem, que desenvolveu o Casa Paulista, o projeto urbanístico criado nega dois estilos já usados em São Paulo: o de urbanização “BNH” e o “medieval” (condomínios cercados por muros).
“Queremos uma mistura e convívio de diferentes faixas de renda, em uma área com infraestrutura de transportes e com organização espacial que remete às cidades que gostamos de visitar, como Nova York , com calçadas largas, comércio, serviços e prédios direto na calçada”, disse o administrador. Outras cidades mencionadas são Barcelona e Copenhague.
O projeto prevê a construção de 20 mil unidades habitacionais, para “levar moradia para perto do posto de trabalho”, segundo o prefeito.
Os apartamentos subsidiados pelo governo e iniciativa privada serão destinados prioritariamente às famílias que trabalham no centro e moram, hoje, em outras regiões. Famílias que não tenham casas próprias também terão prioridade na distribuição. A iniciativa privada será responsável por comercializar os imóveis e cadastrar as famílias.
O diferencial do projeto está na forma como as unidades habitacionais serão distribuídas: 62% dos imóveis serão divididos para quatro faixas de renda, de famílias que ganhem de 755 a 4 mil reais. Os outros 38% serão distribuídos para famílias que ganham até 11 mil reais.
As prestações dos financiamentos, serão de 320 a 1.000 reais, dependendo da faixa na qual e encontra a família.
As plantas mostram que haverá também espaço para comércio e serviço, especialmente no térreo dos empreendimentos. Áreas verdes também serão contempladas, assim como reformas de ordem urbana, como alargamento de calçadas e construção de passarelas.
Parceria Público Privada
Para sair do papel, o Casa Paulista prevê um orçamento de 7,9 bilhões de reais, sendo 4,6 bi vindos de investimentos privados através de um contrato de concessão de 20 anos.
O governador Geraldo Alckmin se disse otimista em relação à parceria: “Eu sou um fã de PPP: trazemos a agilidade e a expertise do setor privado e temos integração com a Prefeitura”, disse.
Os locais e terrenos exatos ainda não foram divulgados porque o decreto não foi publicado. O Estado ficará com o encargo de realizar desapropriações necessárias para as obras, mas a questão financeira será operacionalizada pela empresas.
O edital final será publicado em junho e, segundo o governo do estado, a meta é contratar todas as operações no início de outubro.
Confira o documento oficial do governo: