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Miro Teixeira diz que convidará Marta para conhecer o Rede

O deputado ressaltou que, na Rede, não se tem o hábito de convidar alguém para integrar o partido, já que as decisões são colegiadas

Marta Suplicy: Miro disse gostar de Marta e afirmou que ela tem projeção política muito relevante (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
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Da Redação

Publicado em 13 de janeiro de 2015 às 14h09.

São Paulo - O deputado federal Miro Teixeira (PROS-RJ), um dos articuladores políticos da Rede Sustentabilidade, projeto de partido ligado a Marina Silva (PSB), disse que pretende convidar a senadora Marta Suplicy (PT-SP) para acompanhar uma reunião do grupo.

"Diante do que ela está passando, terei muito prazer em convidá-la para assistir a uma de nossas reuniões amplas", disse o deputado ao Broadcast Político, serviço em tempo real da Agência Estado.

Miro disse gostar de Marta e afirmou que ela "tem uma projeção política muito relevante".

Apesar de conhecer há anos a senadora, ele disse que o convite seria uma boa oportunidade para Marta conhecer a Rede e entender seus processos, que afirma serem diferentes daqueles adotados por partidos convencionais.

"Nossas decisões colegiadas, nossos ideais são encantadores. Seria uma oportunidade para ela nos conhecer melhor", afirmou.

O deputado ressaltou que, na Rede, não se tem o hábito de convidar alguém para integrar o partido, já que as decisões são colegiadas.

Pessoas próximas a Marta e a Marina Silva disseram que, até o momento, não houve um contato direto para que a senadora integre a Rede.

Depois de não ter conseguido se formalizar junto à Justiça Eleitoral a tempo das eleições de 2014, a Rede vem acelerando o processo de coleta de assinaturas e quer se legalizar ainda no primeiro trimestre deste ano.

Mas o projeto de Marina ainda precisa provar que conseguirá se viabilizar politicamente para as eleições de 2016, principal objetivo hoje de Marta.

Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, no domingo, 11, Marta fez duras críticas ao PT e a avaliação é de que não ficará na legenda.

Desde então, ela tem sido procurada por partidos, como o Solidariedade, de Paulinho da Força, e o PSB.

Mas a troca de legenda para concorrer à prefeitura paulistana pode ser enquadrada como infidelidade partidária e Marta correria o risco de perder o mandato como senadora, que vai até 2018.

Fontes ligadas às duas disseram à reportagem que a possibilidade de Marta se unir a Marina não causa estranheza.

"Elas foram ministras juntas (no governo Lula) e sempre mantiveram uma relação de cordialidade", disse uma pessoa próxima a Marta.

"Seria uma forma de ela ir para algo novo", ressaltou. "Não dá para dizer que é uma coisa que não faria sentido", disse uma pessoa próxima a Marina, sobre a possibilidade de a Rede abrir as portas, caso Marta tenha interesse.

O cientista político e professor da Fundação Getulio Vargas Marco Antônio Carvalho Teixeira avalia que Marta pode ter se precipitado ao atacar o PT e está em uma "sinuca de bico".

"Ela agora vai calcular o risco. A margem mais segura para ela é ir para um partido novo e, nessa direção, a Rede seria a opção mais viável", avalia.

Outra opção seria o PL, que o ex-prefeito Gilberto Kassab (PSD) tenta recriar. Mas Kassab e Marta são adversários históricos e protagonizaram debates duros na campanha de 2008 à prefeitura.

Teixeira explica que, apesar de existirem entendimentos jurídicos de que a regra de fidelidade partidária não se aplica para mandato de senadores e que Marta poderia alegar constrangimento para exercer seu mandato no PT, ela estaria correndo sério risco de perder sua posição "garantida".

O professor lembra também que a opção de Marta ir para o PMDB tende a se fechar, com a negativa de Michel Temer - que sinalizou que não a receberia na legenda - e com a articulação feita pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para compor uma chapa com o PMDB na capital paulista, com Fernando Haddad e Gabriel Chalita.

"Marta criou um clima de absoluta impossibilidade de permanecer no PT, mas não garantiu nenhuma saída de segurança. É importante ressaltar que ir para o partido do Paulinho também geraria desconforto para ela."

Depois da entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo Marta se recolheu e deve voltar ao cenário político após o recesso parlamentar, que vai até 1º fevereiro. Neste período, ela deve avaliar as propostas que tem recebido para deixar o PT.

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"Diante do que ela está passando, terei muito prazer em convidá-la para assistir a uma de nossas reuniões amplas", disse o deputado ao Broadcast Político, serviço em tempo real da Agência Estado.

Miro disse gostar de Marta e afirmou que ela "tem uma projeção política muito relevante".

Apesar de conhecer há anos a senadora, ele disse que o convite seria uma boa oportunidade para Marta conhecer a Rede e entender seus processos, que afirma serem diferentes daqueles adotados por partidos convencionais.

"Nossas decisões colegiadas, nossos ideais são encantadores. Seria uma oportunidade para ela nos conhecer melhor", afirmou.

O deputado ressaltou que, na Rede, não se tem o hábito de convidar alguém para integrar o partido, já que as decisões são colegiadas.

Pessoas próximas a Marta e a Marina Silva disseram que, até o momento, não houve um contato direto para que a senadora integre a Rede.

Depois de não ter conseguido se formalizar junto à Justiça Eleitoral a tempo das eleições de 2014, a Rede vem acelerando o processo de coleta de assinaturas e quer se legalizar ainda no primeiro trimestre deste ano.

Mas o projeto de Marina ainda precisa provar que conseguirá se viabilizar politicamente para as eleições de 2016, principal objetivo hoje de Marta.

Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, no domingo, 11, Marta fez duras críticas ao PT e a avaliação é de que não ficará na legenda.

Desde então, ela tem sido procurada por partidos, como o Solidariedade, de Paulinho da Força, e o PSB.

Mas a troca de legenda para concorrer à prefeitura paulistana pode ser enquadrada como infidelidade partidária e Marta correria o risco de perder o mandato como senadora, que vai até 2018.

Fontes ligadas às duas disseram à reportagem que a possibilidade de Marta se unir a Marina não causa estranheza.

"Elas foram ministras juntas (no governo Lula) e sempre mantiveram uma relação de cordialidade", disse uma pessoa próxima a Marta.

"Seria uma forma de ela ir para algo novo", ressaltou. "Não dá para dizer que é uma coisa que não faria sentido", disse uma pessoa próxima a Marina, sobre a possibilidade de a Rede abrir as portas, caso Marta tenha interesse.

O cientista político e professor da Fundação Getulio Vargas Marco Antônio Carvalho Teixeira avalia que Marta pode ter se precipitado ao atacar o PT e está em uma "sinuca de bico".

"Ela agora vai calcular o risco. A margem mais segura para ela é ir para um partido novo e, nessa direção, a Rede seria a opção mais viável", avalia.

Outra opção seria o PL, que o ex-prefeito Gilberto Kassab (PSD) tenta recriar. Mas Kassab e Marta são adversários históricos e protagonizaram debates duros na campanha de 2008 à prefeitura.

Teixeira explica que, apesar de existirem entendimentos jurídicos de que a regra de fidelidade partidária não se aplica para mandato de senadores e que Marta poderia alegar constrangimento para exercer seu mandato no PT, ela estaria correndo sério risco de perder sua posição "garantida".

O professor lembra também que a opção de Marta ir para o PMDB tende a se fechar, com a negativa de Michel Temer - que sinalizou que não a receberia na legenda - e com a articulação feita pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para compor uma chapa com o PMDB na capital paulista, com Fernando Haddad e Gabriel Chalita.

"Marta criou um clima de absoluta impossibilidade de permanecer no PT, mas não garantiu nenhuma saída de segurança. É importante ressaltar que ir para o partido do Paulinho também geraria desconforto para ela."

Depois da entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo Marta se recolheu e deve voltar ao cenário político após o recesso parlamentar, que vai até 1º fevereiro. Neste período, ela deve avaliar as propostas que tem recebido para deixar o PT.

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