Ministro promete transposição do São Francisco para 2016
A nova promessa é do ministro da Integração Nacional, Gilberto Occhi
Da Redação
Publicado em 13 de janeiro de 2015 às 07h28.
Brasília - Com seis anos de atraso, as obras da transposição do Rio São Francisco finalmente serão concluídas e entregues no primeiro semestre de 2016. A nova promessa é do ministro da Integração Nacional , Gilberto Occhi.
Até junho do próximo ano, disse Occhi em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, 100% dos dois canais da transposição estarão concluídos, levando água para regiões do sertão e do agreste de Pernambuco, do Ceará, da Paraíba e do Rio Grande do Norte.
"As obras estão caminhando regularmente. Estamos com 11 mil homens trabalhando e com 70% das obras concluídas. A expectativa é ter tudo pronto no primeiro semestre de 2016", afirma Occhi.
Nem a crise das empreiteiras detonada pela Operação Lava Jato, da Polícia Federal, garante o ministro, afetou até aqui as obras da transposição.
"As obras estão caminhando regularmente. Fizemos pagamentos recentemente às construtoras. Todas as empresas que estão na transposição estão operando regularmente e não há nenhuma sinalização contrária a essa situação."
Ex-ministro das Cidades até dezembro, Occhi disse que ainda não há previsão para expandir a transposição do São Francisco em dois novos eixos, como chegou a prever seu antecessor na Integração, Francisco Teixeira.
Hoje, a transposição tem dois eixos: Norte, um canal de 402 quilômetros; e Leste, de 220 quilômetros. Previa-se para inclusão no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 3) duas novas extensões: o Eixo Sul, rumo à Bahia, e o Eixo Oeste, em direção ao Piauí. Na prática, são projetos sem data para sair do papel.
"Esses projetos ainda estão em uma etapa muito incipiente, de estudos iniciais. Nosso foco hoje é concluir as obras iniciadas. É preciso lembrar que, além da transposição, temos outras obras que estão em andamento na Região Nordeste", defende Gilberto Occhi.
Adutoras
O ministro chama a atenção para adutoras que se ramificam a partir da transposição, como o ramal do agreste, que vai levar água para praticamente todo o Estado de Pernambuco.
"O projeto prevê a construção de um canal de 75 quilômetros de extensão, com investimentos de R$ 1,1 bilhão. Estamos em fase de contratação dessa obra, que será feita pelo modelo do Regime de Contratação Integrada (RDC). A licitação sai em março", promete.
Uma das obras mais polêmicas do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, a transposição teve início em 2007, depois de enfrentar manifestações de organizações ambientais, movimentos sociais e até greve de fome.
Com apoio do comando de engenharia do Exército, o ex-presidente Lula conseguiu tocar as obras iniciais da transposição. O problema é que as obras se concentraram no mais fácil: a construção dos longos canais de concreto.
Ficaram de lado, e por vários anos, as obras das estações de bombeamento de água, estruturas complexas e caras para bombear a água do rio entre os vários reservatórios da transposição.
Esse descompasso causou prejuízos milionários, exigindo que as estruturas dos canais tivessem de passar por constante manutenção, sem nunca terem sido utilizadas.
Em meio aos atrasos, e mergulhada em dezenas de aditivos contratuais, a transposição viu seu orçamento saltar dos R$ 4,7 bilhões inicialmente previstos, para R$ 8,2 bilhões.
É hoje a obra mais cara do País tocada com recursos exclusivos da União. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Brasília - Com seis anos de atraso, as obras da transposição do Rio São Francisco finalmente serão concluídas e entregues no primeiro semestre de 2016. A nova promessa é do ministro da Integração Nacional , Gilberto Occhi.
Até junho do próximo ano, disse Occhi em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, 100% dos dois canais da transposição estarão concluídos, levando água para regiões do sertão e do agreste de Pernambuco, do Ceará, da Paraíba e do Rio Grande do Norte.
"As obras estão caminhando regularmente. Estamos com 11 mil homens trabalhando e com 70% das obras concluídas. A expectativa é ter tudo pronto no primeiro semestre de 2016", afirma Occhi.
Nem a crise das empreiteiras detonada pela Operação Lava Jato, da Polícia Federal, garante o ministro, afetou até aqui as obras da transposição.
"As obras estão caminhando regularmente. Fizemos pagamentos recentemente às construtoras. Todas as empresas que estão na transposição estão operando regularmente e não há nenhuma sinalização contrária a essa situação."
Ex-ministro das Cidades até dezembro, Occhi disse que ainda não há previsão para expandir a transposição do São Francisco em dois novos eixos, como chegou a prever seu antecessor na Integração, Francisco Teixeira.
Hoje, a transposição tem dois eixos: Norte, um canal de 402 quilômetros; e Leste, de 220 quilômetros. Previa-se para inclusão no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 3) duas novas extensões: o Eixo Sul, rumo à Bahia, e o Eixo Oeste, em direção ao Piauí. Na prática, são projetos sem data para sair do papel.
"Esses projetos ainda estão em uma etapa muito incipiente, de estudos iniciais. Nosso foco hoje é concluir as obras iniciadas. É preciso lembrar que, além da transposição, temos outras obras que estão em andamento na Região Nordeste", defende Gilberto Occhi.
Adutoras
O ministro chama a atenção para adutoras que se ramificam a partir da transposição, como o ramal do agreste, que vai levar água para praticamente todo o Estado de Pernambuco.
"O projeto prevê a construção de um canal de 75 quilômetros de extensão, com investimentos de R$ 1,1 bilhão. Estamos em fase de contratação dessa obra, que será feita pelo modelo do Regime de Contratação Integrada (RDC). A licitação sai em março", promete.
Uma das obras mais polêmicas do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, a transposição teve início em 2007, depois de enfrentar manifestações de organizações ambientais, movimentos sociais e até greve de fome.
Com apoio do comando de engenharia do Exército, o ex-presidente Lula conseguiu tocar as obras iniciais da transposição. O problema é que as obras se concentraram no mais fácil: a construção dos longos canais de concreto.
Ficaram de lado, e por vários anos, as obras das estações de bombeamento de água, estruturas complexas e caras para bombear a água do rio entre os vários reservatórios da transposição.
Esse descompasso causou prejuízos milionários, exigindo que as estruturas dos canais tivessem de passar por constante manutenção, sem nunca terem sido utilizadas.
Em meio aos atrasos, e mergulhada em dezenas de aditivos contratuais, a transposição viu seu orçamento saltar dos R$ 4,7 bilhões inicialmente previstos, para R$ 8,2 bilhões.
É hoje a obra mais cara do País tocada com recursos exclusivos da União. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.