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Ministro francês das Relações Exteriores chama Fidel de “ditador”

Fidel Castro "violou os direitos humanos e a França jamais foi tolerante com a violação das liberdades e da democracia", enfatizou

Jean-Marc Ayrault: em contrapartida, Ayrault acrescenta que "nunca aprovamos o embargo americano" (Vasily Fedosenko/Reuters)

Jean-Marc Ayrault: em contrapartida, Ayrault acrescenta que "nunca aprovamos o embargo americano" (Vasily Fedosenko/Reuters)

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AFP

Publicado em 5 de dezembro de 2016 às 17h41.

O ministro francês de Relações Exteriores, Jean-Marc Ayrault, declarou nessa segunda-feira que Fidel Castro era claramente um "ditador" que "violou os direitos humanos", dois dias depois de polêmicas declarações da ministra francesa do Meio Ambiente, Ségolène Royal, sobre a situação na ilha.

Fidel Castro "violou os direitos humanos e a França jamais foi tolerante com a violação das liberdades e da democracia", enfatizou o ministro de Relações Exteriores durante uma visita a Lille (norte).

"Se me perguntam se Fidel Castro era um democrata, evidentemente não era o caso, era um ditador (...) isso está claro", assegurou Ayrault.

Fidel "trouxe uma esperança em certo momento, mas também simbolizou o contrário do que nós pensamos e esperamos" no que se refere aos direitos humanos, acrescentou o ministro.

Em contrapartida, Ayrault acrescenta que "nunca aprovamos o embargo americano. Assim, o que esperamos é um futuro melhor para o povo cubano: a capacidade de desenvolver-se, recuperar a democracia, a liberdade", afirmou.

A ministra do Meio Ambiente, Ségolène Royal, que viajou a Cuba para representar a França durante o funeral de Fidel, recebeu várias críticas por ter atenuado a discussão sobre as violações de direitos humanos na ilha.

Royal afirmou que o líder foi um "monumento da História", e que foi o responsável pelo fato de os "cubanos recuperarem seu território, sua vida, seu destino". Também afirmou que há "muita desinformação" sobre as violações denunciadas pela ONU e a oposição cubana.

Suas declarações têm sido fortemente contestadas fora e também dentro do governo socialista francês.

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