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Ministro do Trabalho reconduzirá "faxinado" a cargo

Manoel Dias vai reconduzir ao cargo Paulo Roberto dos Santos Pinto, ex-secretário da gestão Carlos Lupi, ministro que deixou a pasta em 2011 por suspeita de corrupção

O Ministro de do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, após cerimônia de posse do cargo (Valter Campanato/ABr)

O Ministro de do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, após cerimônia de posse do cargo (Valter Campanato/ABr)

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Da Redação

Publicado em 21 de março de 2013 às 10h15.

Brasília - O novo ministro do Trabalho, Manoel Dias (PDT), vai reconduzir ao cargo o ex-secretário executivo da gestão Carlos Lupi, Paulo Roberto dos Santos Pinto, e não descarta a nomeação de outros quadros ligados ao ex-ministro, que deixou a pasta no fim de 2011, por suspeita de corrupção.

Já resolvida, a indicação ao posto, segundo na hierarquia da pasta, seguiria ontem para a Casa Civil, que tem de dar aval à escolha. Ligado a Lupi, Dias tomou a decisão após consultar o ex-ministro e presidente do PDT, que recupera sua influência na Esplanada e se cacifa em negociações políticas com o Planalto. Em 2014, ele pretende se candidatar ao Senado pelo Rio.

"A única coisa que ele (Dias) me solicitou, que me perguntou, foi sobre o Paulo Pinto. Dei a minha opinião. Ele ouviu e disse que gostaria de tê-lo na sua equipe", afirmou Lupi, que vem mantendo conversas com o novo ministro sobre a formação da equipe no Trabalho.

Filiado ao PDT do Rio e integrante do Diretório Nacional do partido, Paulo Roberto é funcionário de carreira do Banco do Brasil. Levado à Esplanada por Lupi, destacou-se por sua fidelidade ao ex-ministro. Ele assumiu a pasta interinamente após a queda do padrinho político, até a nomeação do deputado Brizola Neto (PDT-RJ) para o cargo.

Apesar de braço direito de Lupi, Paulo Roberto não foi abatido pelas denúncias. Em sua gestão, ONGs suspeitas de irregularidades continuaram recebendo recursos do governo.

Dias afirmou que, por ora, só o secretário executivo está definido. A escolha, segundo ele, se deve à "experiência" neste cargo e no de ministro interino. As nomeações para outros postos de primeiro escalão devem ser definidas até a semana que vem, após rodada de conversas com integrantes de seu partido e das centrais sindicais.

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