STJ: ministro Rogério Schietti Cruz negou liminar para a revogação da prisão de Cristian Cravinhos (Wikimedia Commons/Reprodução)
Estadão Conteúdo
Publicado em 6 de junho de 2018 às 13h02.
Última atualização em 6 de junho de 2018 às 13h02.
São Paulo - O ministro Rogério Schietti Cruz, da sexta turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), negou liminar para a revogação da prisão de Cristian Cravinhos, detido por corrupção e porte de armas. Condenado pela morte do casal Von Richthofen há uma década, Cravinhos foi preso novamente em abril após se envolver em uma briga com a ex-mulher no interior de São Paulo - e de tentar subornar policiais.
A liminar foi indeferida monocraticamente e ainda cabe recurso na Corte. Anteriormente, a defesa de Cravinhos havia apresentado pedidos semelhantes à 2ª Vara Criminal de Sorocaba (SP) e ao Tribunal de Justiça de São Paulo, mas os recursos foram negados.
Cristian Cravinhos e seu irmão, Daniel, foram condenados em 2006 junto com Suzane von Richthofen pela morte dos pais dela, Manfred e Marísia Richthofen. Sentenciado a 39 anos e seis meses de prisão, Cravinhos progrediu para o regime aberto em agosto de 2017 após cumprir um terço da pena e demonstrar bom comportamento.
Ele passou por exame para comprovar que estava apto a conviver socialmente e declarou residência em São Paulo, sendo proibido de deixar o município sem autorização judicial.
Em abril deste ano, Cravinhos foi preso em Sorocaba, cidade do interior paulista, após agredir a ex-mulher e oferecer suborno aos policiais que atenderam a ocorrência. Além disso, também foi apreendido um projétil intacto de calibre de pistola 9 mm. À época, a defesa alegou que Cravinhos foi encontrar uma namorada, mas foi seguido pela ex-mulher.
Em maio, o Ministério Público apresentou denúncia contra Cravinhos por corrupção e porte de armas. Em razão da prisão, ele perdeu o direito ao regime aberto e atualmente está detido na Penitenciária de Tremembé (SP), no Vale do Paraíba.
A reportagem tentou contato com a defesa de Cravinhos, mas não obteve resposta até a publicação desta matéria. O espaço está aberto para manifestação.