Ministro do Esporte defende bebida alcoólica no estádio
Aldo Rebelo questionou ainda por que é possível vender bebidas alcoólicas em outros eventos realizados em estádios, como shows
Da Redação
Publicado em 8 de dezembro de 2011 às 06h44.
São Paulo - O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, fez nesta quarta-feira uma defesa da venda de bebidas alcoólicas nos estádios, ao relacionar os jogos de futebol com o carnaval. A proposta de liberar a comercialização e o consumo em bares e restaurantes dentro dos estádios está no relatório do deputado federal Vicente Cândido(PT-SP), relator do projeto que trata da Lei Geral da Copa.
"Daqui a pouco, pela marcha da posição de certas corporações, vamos acabar banindo a bebida alcoólica do carnaval de toda a sociedade. Não duvido que se marche nesse caminho", afirmou Aldo Rebelo.
Aldo Rebelo questionou ainda por que é possível vender bebidas alcoólicas em outros eventos realizados em estádios, como shows. "O que é um estádio? É um espaço de lazer. Essas arenas modernas são restaurantes, centro de convenções. Num estádio de futebol, durante uma partida, não pode ter bebida e no show da Madonna pode ter? É preciso que se decida", criticou o ministro.
Ele também afirmou ser mais fácil, do ponto de vista da segurança pública, controlar os efeitos causados pelo álcool num jogo de futebol do que no carnaval. "Em eventos mais espontâneos e menos contidos que jogos de futebol, como o carnaval, ninguém concebe fazer restrição de álcool. Do ponto de vista do controle da segurança pública, é mais difícil fazer o controle (no carnaval) do que em uma partida de futebol", defendeu o ministro do Esporte.
O ministro disse não haver uma lei nacional para o tema, mas o Estatuto do Torcedor determina que ninguém pode permanecer dentro de um recinto esportivo se "portar objetos, bebidas ou substâncias proibidas ou susceptíveis de gerar ou possibilitar a prática de atos de violência". Justamente por isso que o relatório de Vicente Cândido altera essa lei, para tornar a permissão de venda de bebidas alcoólicas definitiva no Brasil, não restrita apenas para a Copa de 2014 - o projeto deve agora ser votado pelo Congresso.
Otimismo - Aldo garantiu que, apesar do atraso de algumas obras de mobilidade urbana, o Brasil teria condições de realizar a Copa do Mundo em dois meses. "Se nós precisássemos realizar a Copa do Mundo daqui a dois meses, nós realizaríamos", afirmou. Para justificar sua tese, o ministro citou novamente o carnaval, que leva, segundo ele, mais turistas ao Rio do que uma Copa. Destacou ainda que o mais importante legado do Mundial de 2014 e da Olimpíada de 2016 não são as obras, mas o hábito de a prática de esportes ser difundida para a população.
Oposição interna - Enquanto Aldo Rebelo defendeu o projeto de Vicente Cândido, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou nesta quarta-feira ser contrário à comercialização de bebidas alcoólicas em estádios de futebol. "Sou totalmente contra a essa brecha da Lei da Copa que diz que bebida alcoólica poderá ser vendida dentro dos estádios de futebol", disse Alexandre Padilha durante audiência de uma subcomissão da Câmara que discute o tema.
São Paulo - O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, fez nesta quarta-feira uma defesa da venda de bebidas alcoólicas nos estádios, ao relacionar os jogos de futebol com o carnaval. A proposta de liberar a comercialização e o consumo em bares e restaurantes dentro dos estádios está no relatório do deputado federal Vicente Cândido(PT-SP), relator do projeto que trata da Lei Geral da Copa.
"Daqui a pouco, pela marcha da posição de certas corporações, vamos acabar banindo a bebida alcoólica do carnaval de toda a sociedade. Não duvido que se marche nesse caminho", afirmou Aldo Rebelo.
Aldo Rebelo questionou ainda por que é possível vender bebidas alcoólicas em outros eventos realizados em estádios, como shows. "O que é um estádio? É um espaço de lazer. Essas arenas modernas são restaurantes, centro de convenções. Num estádio de futebol, durante uma partida, não pode ter bebida e no show da Madonna pode ter? É preciso que se decida", criticou o ministro.
Ele também afirmou ser mais fácil, do ponto de vista da segurança pública, controlar os efeitos causados pelo álcool num jogo de futebol do que no carnaval. "Em eventos mais espontâneos e menos contidos que jogos de futebol, como o carnaval, ninguém concebe fazer restrição de álcool. Do ponto de vista do controle da segurança pública, é mais difícil fazer o controle (no carnaval) do que em uma partida de futebol", defendeu o ministro do Esporte.
O ministro disse não haver uma lei nacional para o tema, mas o Estatuto do Torcedor determina que ninguém pode permanecer dentro de um recinto esportivo se "portar objetos, bebidas ou substâncias proibidas ou susceptíveis de gerar ou possibilitar a prática de atos de violência". Justamente por isso que o relatório de Vicente Cândido altera essa lei, para tornar a permissão de venda de bebidas alcoólicas definitiva no Brasil, não restrita apenas para a Copa de 2014 - o projeto deve agora ser votado pelo Congresso.
Otimismo - Aldo garantiu que, apesar do atraso de algumas obras de mobilidade urbana, o Brasil teria condições de realizar a Copa do Mundo em dois meses. "Se nós precisássemos realizar a Copa do Mundo daqui a dois meses, nós realizaríamos", afirmou. Para justificar sua tese, o ministro citou novamente o carnaval, que leva, segundo ele, mais turistas ao Rio do que uma Copa. Destacou ainda que o mais importante legado do Mundial de 2014 e da Olimpíada de 2016 não são as obras, mas o hábito de a prática de esportes ser difundida para a população.
Oposição interna - Enquanto Aldo Rebelo defendeu o projeto de Vicente Cândido, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou nesta quarta-feira ser contrário à comercialização de bebidas alcoólicas em estádios de futebol. "Sou totalmente contra a essa brecha da Lei da Copa que diz que bebida alcoólica poderá ser vendida dentro dos estádios de futebol", disse Alexandre Padilha durante audiência de uma subcomissão da Câmara que discute o tema.