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Ministro diz que Trump sofrerá pressão se adotar medidas radicais

"O presidente, nos países verdadeiramente democráticos, pode muita coisa, mas não pode tudo", disse Marcos Pereira

Pereira: para ministro, caso o mandatário se exceda, o mercado e a sociedade norte-americana deverão se manifestar (Fernando Frazão/Agência Brasil)

Pereira: para ministro, caso o mandatário se exceda, o mercado e a sociedade norte-americana deverão se manifestar (Fernando Frazão/Agência Brasil)

AB

Agência Brasil

Publicado em 10 de novembro de 2016 às 18h23.

O ministro da Indústria e Comércio Exterior, Marcos Pereira, disse hoje (10) que acredita que o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, deverá sofrer contraponto caso tome medidas radicais sobre as relações comerciais com outros países.

"O presidente, nos países verdadeiramente democráticos, pode muita coisa, mas não pode tudo", disse após participar da abertura do Salão Internacional do Automóvel, na capital paulista.

Para Pereira, caso o mandatário se exceda, o mercado e a sociedade norte-americana deverão se manifestar, além de pressões externas.

"O mercado, a política interna, as instituições internas e os organismos internacionais vão fazer ter equilíbrio, se por ventura houver algum desequilíbrio do novo governo americano", disse o ministro.

Como candidato, Trump defendeu uma guerra comercial com a China, sobretaxando importações em até 45% e suspendendo acordos comerciais.

Na opinião de Pereira, o futuro presidente dos Estados Unidos já deu inícios que, na prática, agirá de forma mais branda do que a anunciada durante os últimos meses.

"Eu acho que o discurso da campanha é um, o discurso da prática pode ser outro. Veja que o discurso dele [depois do resultado das eleições] já deu uma contemporizada. Chamou para governar para todos, com todos", disse.

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