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Ministro defende versão online do Enem

O Enem eletrônico não seria aplicado em um único fim de semana, e os estudantes poderiam fazer o teste em locais credenciados

Cid Gomes: "É uma ideia em cima de tecnologias que já estão disponíveis" (José Cruz/ABr)
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Da Redação

Publicado em 9 de janeiro de 2015 às 19h58.

Recife - O ministro da Educação , Cid Gomes (PROS), afirmou nesta sexta-feira, no Recife, que ainda "não passa de uma ideia" a eventual transformação do Exame Nacional do Ensino Médio ( Enem ) em prova online, como informou hoje o jornal Folha de S. Paulo.

"Mas acho que vale a pena investir na ideia. É uma ideia em cima de tecnologias que já estão disponíveis", defendeu.

"Em um livre pensar, acredito que a tendência natural - sem estabelecimento de prazo - é que a gente não precise mais de todo este aparato de guerra para a realização de um exame único, no mesmo dia, em todos os lugares do Brasil", explicou, ao lembrar que o governo tem de oferecer 8 milhões de inscrições a cada exame - embora, na última edição, mais de 2 milhões tenham faltado à prova.

O Enem eletrônico não seria aplicado em um único fim de semana, e os estudantes poderiam fazer o teste em locais credenciados, respondendo em computadores e escolhendo as questões nos bancos de perguntas.

O modelo se inspira no SAT, exame realizado nos Estados Unidos que permite a aplicação de questões distintas de forma simultânea.

"A gente pode fazer isso", ressaltou Gomes, sugerindo, por exemplo, um concurso que premie professores que venham a criar questões bem elaboradas.

"Imagino que se a gente for constituindo um grande banco de dados de questões de Português, Matemática, Química, Biologia e Física, que sejam avaliadas e testadas, poderíamos usá-lo. Se a gente tiver um banco de dados com 40 mil, 60 mil, 80 mil questões, pode ser público e a gente não vai ter preocupação com cofre ou sala-cofre", acrescentou.

Para ele, o fato de os alunos terem acesso ao banco de dados não desmerece a prova.

"Se alguém for capaz de fazer todas as questões acertadamente é um gênio e já merece entrar na faculdade."

O Enem eletrônico, de acordo com o ministro, daria mais tranquilidade e oportunidade para os jovens. Gomes não se aprofundou em relação à confiabilidade da atual rede de internet para a adoção desse projeto.

Pernambuco foi escolhido para inaugurar as viagens que o ministro fará pelo país em busca de experiências positivas na educação, por ter sido o que teve melhor desempenho no Índice de Desenvolvimento do Ensino Básico (Ideb).

Para Cid Gomes, boas práticas poderão ser replicadas em todo o país.

Indagado sobre o anunciado corte de R$ 7 bilhões do orçamento da Educação, apesar de a presidente Dilma Rousseff ter eleito o slogan "Brasil, Pátria Educadora" como o mote de seu segundo governo, Cid Gomes disse não ter visto contradição.

Ele observou que o corte não vai prejudicar a atuação de sua área, porque "não há um centavo de corte na atividade-fim".

E disse concordar com a medida do governo, que visa a reduzir gastos com o custeio de funcionamento da máquina.

Frisou ainda o "caráter provisório" dos cortes.

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Recife - O ministro da Educação , Cid Gomes (PROS), afirmou nesta sexta-feira, no Recife, que ainda "não passa de uma ideia" a eventual transformação do Exame Nacional do Ensino Médio ( Enem ) em prova online, como informou hoje o jornal Folha de S. Paulo.

"Mas acho que vale a pena investir na ideia. É uma ideia em cima de tecnologias que já estão disponíveis", defendeu.

"Em um livre pensar, acredito que a tendência natural - sem estabelecimento de prazo - é que a gente não precise mais de todo este aparato de guerra para a realização de um exame único, no mesmo dia, em todos os lugares do Brasil", explicou, ao lembrar que o governo tem de oferecer 8 milhões de inscrições a cada exame - embora, na última edição, mais de 2 milhões tenham faltado à prova.

O Enem eletrônico não seria aplicado em um único fim de semana, e os estudantes poderiam fazer o teste em locais credenciados, respondendo em computadores e escolhendo as questões nos bancos de perguntas.

O modelo se inspira no SAT, exame realizado nos Estados Unidos que permite a aplicação de questões distintas de forma simultânea.

"A gente pode fazer isso", ressaltou Gomes, sugerindo, por exemplo, um concurso que premie professores que venham a criar questões bem elaboradas.

"Imagino que se a gente for constituindo um grande banco de dados de questões de Português, Matemática, Química, Biologia e Física, que sejam avaliadas e testadas, poderíamos usá-lo. Se a gente tiver um banco de dados com 40 mil, 60 mil, 80 mil questões, pode ser público e a gente não vai ter preocupação com cofre ou sala-cofre", acrescentou.

Para ele, o fato de os alunos terem acesso ao banco de dados não desmerece a prova.

"Se alguém for capaz de fazer todas as questões acertadamente é um gênio e já merece entrar na faculdade."

O Enem eletrônico, de acordo com o ministro, daria mais tranquilidade e oportunidade para os jovens. Gomes não se aprofundou em relação à confiabilidade da atual rede de internet para a adoção desse projeto.

Pernambuco foi escolhido para inaugurar as viagens que o ministro fará pelo país em busca de experiências positivas na educação, por ter sido o que teve melhor desempenho no Índice de Desenvolvimento do Ensino Básico (Ideb).

Para Cid Gomes, boas práticas poderão ser replicadas em todo o país.

Indagado sobre o anunciado corte de R$ 7 bilhões do orçamento da Educação, apesar de a presidente Dilma Rousseff ter eleito o slogan "Brasil, Pátria Educadora" como o mote de seu segundo governo, Cid Gomes disse não ter visto contradição.

Ele observou que o corte não vai prejudicar a atuação de sua área, porque "não há um centavo de corte na atividade-fim".

E disse concordar com a medida do governo, que visa a reduzir gastos com o custeio de funcionamento da máquina.

Frisou ainda o "caráter provisório" dos cortes.

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