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Ministra cita escravidão e pede salário de R$ 61 mil ao governo

Luislinda Valois reclama que, por causa do teto constitucional, só pode ficar com R$ 33,7 mil, situação que, para ela, "se assemelha ao trabalho escravo"

Luislinda Valois: "Sem sombra de dúvidas, se assemelha ao trabalho escravo", disse a ministra dos Direitos Humanos (PSDB-MG/Fotos Públicas/Fotos Públicas)

Luislinda Valois: "Sem sombra de dúvidas, se assemelha ao trabalho escravo", disse a ministra dos Direitos Humanos (PSDB-MG/Fotos Públicas/Fotos Públicas)

Júlia Lewgoy

Júlia Lewgoy

Publicado em 2 de novembro de 2017 às 11h30.

Última atualização em 2 de novembro de 2017 às 16h26.

São Paulo - A ministra dos Direitos Humanos, Luislinda Valois, apresentou ao governo um pedido para acumular seu salário com o de desembargadora aposentada, o que garantiria a ela um rendimento bruto de 61.400 reais. Segundo informações da coluna de Andreza Matais, do jornal Estado de S. Paulo, desta quinta-feira (2), Luislinda reclama que, por causa do teto constitucional, só pode ficar com 33.700 reais do total da renda.

"Sem sombra de dúvidas, se assemelha ao trabalho escravo, o que também é rejeitado, peremptoriamente, pela legislação brasileira desde os idos de 1888 com a Lei da Abolição da Escravatura", disse a ministra. 

Em 207 páginas, ela contesta a regra do abate-teto, pela qual nenhum servidor pode ganhar mais do que um ministro do Supremo. Por isso, seu salário de ministra é abatido em mais de 27.000 reais, caindo para pouco mais de 3.000 reais. O salário de desembargadora, de 30.471,10 reais, é preservado.

Procurada pelo jornal, a ministra disse, por nota, que “não vai se pronunciar a respeito”. Filiada ao PSDB, ela assumiu a pasta em fevereiro deste ano.

 

 

 

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