Ônibus queimado durante uma manifestação: coletivos das linhas que atendem regiões periféricas não têm chegado até o ponto final ou estão fora de operação (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 30 de janeiro de 2014 às 09h15.
São Paulo - O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) exigiu a manutenção da operação do transporte público na cidade, que vem sendo prejudicada em função dos ônibus depredados e incendiados neste mês.
Coletivos das linhas que atendem regiões periféricas, onde ocorreram os ataques, não têm chegado até o ponto final ou estão completamente fora de operação, em razão do medo de novos ataques.
Ontem à noite, cinco linhas da zona sul não funcionaram ou saíram de circulação, afetando moradores de áreas como Jardim Jacira e Jardim Horizonte Azul, distantes cerca de 30 quilômetros do centro da capital.
De acordo com a São Paulo Transporte (SPTrans), foram prejudicados aproximadamente 120 mil passageiros.
O medo tomou conta, na quarta-feira, (29) de motoristas e cobradores após manifestantes atearem fogo num ônibus que passava pela Estrada do M’Boi Mirim, que dá acesso ao extremo sul, por volta das 12h.
O grupo, que protestava pela morte de um homem, interditou a via e gritou palavras de ordem como “justiça”.
Esse foi o 33º coletivo incendiado somente em janeiro.
Segundo o MP-SP, foram enviadas notificações da Promotoria da Cidadania, para saber quais providências estão sendo tomadas pela SPTrans, pelas concessionárias e permissionárias do transporte coletivo e pela coordenadoria da Polícia Militar.
As medidas devem ser apresentadas em uma audiência marcada para o dia 3 de fevereiro.
O secretário da Segurança Pública, Fernando Grella Vieira adiantou que haverá reforço no policiamento dos ônibus, com apoio da Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar e do 2° Batalhão de Choque.