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Ministério da Justiça é invadido por agentes penitenciários

Os agentes são contra a proposta da reforma da Previdência apresentada pelo governo de Michel Temer

Ministério da Justiça: a principal reivindicação é a inclusão da categoria nos mesmos critérios estabelecidos no relatório da Previdência para os demais policiais (Agência Brasil/Agência Brasil)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 2 de maio de 2017 às 18h21.

Última atualização em 2 de maio de 2017 às 21h29.

Brasília - Agentes penitenciários invadiram nesta terça-feira (2) a sede do Ministério da Justiça em Brasília em protesto contra a proposta da reforma da Previdência apresentada pelo governo do presidente Michel Temer.

Segundo representantes dos sindicatos da categoria, cerca de 300 agentes estão neste momento dentro do prédio, onde pretendem permanecer pelos próximos 10 dias.

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A principal reivindicação é a inclusão da categoria nos mesmos critérios estabelecidos no relatório da Previdência para os demais policiais.

"Hoje, no texto do relator está prevista uma aposentadoria de 65 anos de idade mínima ou 35 anos de contribuição para o homem. Queremos que sejam estabelecidos 55 anos de idade e a contribuição de 30 anos, como está previsto para os demais", afirmou o presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Piauí, José Roberto Pereira.

Segundo ele, caso não haja negociação, a categoria está disposta a resistir.

"Estamos chamando mais gente, a Força Nacional tem o seu aparato e nós temos o nosso. Se o governo não quiser negociar vai colocar as duas forças de segurança para se matarem. Nós não temos nada a perder, já fomos jogados, esquecidos nos calabouços das prisões", ressaltou Pereira.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Agentes de São Paulo, Daniel Grandolfo, os representantes dos agentes que estão dentro do prédio do Ministério da Justiça pretendem ser ouvidos pelo ministro da Justiça, Osmar Serraglio, ou representantes do governo que estão à frente das negociações da PEC da Previdência.

"A nossa expectativa de vida é de 50 anos, queremos ser incluídos no mesmo patamar dos demais policiais", disse Grandolfo.

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