Construções atingidas por lama em Bento Rodrigues: dois dos quatro diques de contenção, chamados Fundão e Santarém, se romperam por causa ainda desconhecidas (Ricardo Moraes/ Reuters)
Da Redação
Publicado em 6 de novembro de 2015 às 13h14.
Rio de Janeiro - A mineradora Samarco negou nesta sexta-feira que as substâncias que inundaram ontem o distrito de Bento Rodrigues, na cidade de Mariana, em Minas Gerais, após o rompimento de duas barragem de contenção, sejam tóxicos.
Os resíduos são "inertes" e compostos "em sua maior parte" por sílica, mineral usado no processamento do ferro, e que "não apresentam nenhum elemento químico que seja prejudicial à saúde", conforme um comunicado da empresa.
O mar de lama varreu na tarde de ontem o distrito de Bento Rodrigues, que fica em uma região montanhosa de Minas. A Samarco informou hoje que dois dos quatro diques de contenção, chamados Fundão e Santarém, se romperam por causa ainda desconhecidas.
A empresa, que pertence à Vale e à australiana BHP, reiterou que uma fiscalização realizada por órgãos oficiais no último mês de julho não encontrou falhas na segurança das barreiras de contenção. E também ressaltou que a companhia faz inspeções periódicas no local.
Além disso, a Samarco reiterou que está colaborando com as autoridades no plano de emergência para a ruptura de diques.
O Corpo de Bombeiros de Minas Gerais confirmou até o momento a morte de um homem e quatro feridos, entre eles duas crianças, e buscam por pelo menos 13 pessoas dadas como desaparecidas.
A Prefeitura de Mariana informou que recebeu cerca de 500 pessoas em um ginásio esportivo que será usado como um albergue.
Mais de cem bombeiros e 20 veículos se deslocaram até Bento Rodrigues, que foi coberto por um mar de lama que destruiu tudo o que encontrou em sua passagem, incluindo casas e veículos.