Microalga tóxica que causa diarreia é detectada em quatro praias do litoral de SP
Ocorrência destas pequenas algas está associada ao fenômeno da maré vermelha
Agência de notícias
Publicado em 13 de agosto de 2024 às 11h20.
Última atualização em 13 de agosto de 2024 às 11h23.
O governo de São Paulo identificou a presença de microalgas tóxicas da espécie Dinophysis acuminata em várias cidades litorâneas. A presença destas pequenas algas gera preocupação sobre a segurança alimentar na região, já que pode resultar na contaminação de moluscos bivalves, como ostras e mexilhões, tornando-os prejudiciais à saúde.
Dentre as cidades afetadas estão Cananéia, Peruíbe e Praia Grande no litoral sul, além d e São Sebastião no norte do estado. A presença dessas microalgas está associada ao fenômeno conhecido como maré vermelha, que é a proliferação excessiva de algas marinhas, podendo causar a coloração avermelhada ou alaranjada das águas do mar.
Na edição do Diário Oficial do Estado publicada na última sexta-feira, 9, uma nota técnica recomendou a suspensão do comércio e consumo dos frutos-do-mar até novos testes serem realizados.
"Na próxima semana, a Defesa Agropecuária programou novas coletas nas áreas de cultivo de moluscos bivalves do estado para avaliar se há a presença de toxina nesses animais. Preventivamente, até novos resultados, recomenda-se evitar o comércio e o consumo de moluscos bivalves provenientes do litoral paulista", disse a nota.
Um plano de contingência com as secretarias de Saúde, de Agricultura e Abastecimento e de Meio Ambiente, por meio da Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo). Procurado, o governo informou ao GLOBO que nesta terça e quarta-feira (13 e 14), as equipes da Coordenadoria de Defesa Agropecuária realizarão coletas de amostras em fazendas marinhas na região litorânea.
Em nota, afirmou que "o material será encaminhado para análise laboratorial ainda esta semana. O objetivo é averiguar se a toxina produzida pela microalga detectada está acima dos limites máximos na parte comestível dos moluscos bivalves, que englobam ostras, mexilhões, vieiras e berbigões". Até o momento, não há casos confirmados vinculados à ingestão destes produtos.