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Michel Misse, sociólogo renomado da UFRJ, morre aos 74 anos após batalha contra câncer

O sociólogo fundou o Núcleo de Estudos da Cidadania, Conflito e Violência Urbana da UFRJ e contribuiu com importantes discussões sobre segurança pública e políticas de violência urbana

Michel Misse: sociólogo foi referência acadêmica na área de sociologia e fundou o Núcleo de Estudos da Cidadania, Conflito e Violência Urbana da UFRJ. (Jefferson Rudy/Agência Senado/Reprodução)

Michel Misse: sociólogo foi referência acadêmica na área de sociologia e fundou o Núcleo de Estudos da Cidadania, Conflito e Violência Urbana da UFRJ. (Jefferson Rudy/Agência Senado/Reprodução)

Agência o Globo
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Publicado em 14 de agosto de 2025 às 11h51.

Última atualização em 14 de agosto de 2025 às 13h12.

O sociólogo Michel Misse, um dos maiores pesquisadores das áreas da sociologia do crime e da violência, morreu na manhã desta quinta-feira, aos 74 anos. Ele era professor titular da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), instituição onde fez contribuições importantes no estudo e na discussão sobre violência urbana e segurança pública.

Misse tinha câncer no pulmão e, desde julho, estava internado no Hospital Unimed Rio, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio. A causa da morte não foi divulgada, segundo o g1.

A família de Misse falou sobre seu estado de saúde com a evolução de seu quadro após a cirurgia para a retirada de um tumor no pulmão. Numa mensagem enviada num grupo de WhatsApp, afirmaram que ele estava "internado em estado extremamente grave, por diversas complicações pós-cirúrgicas". Misse estava entubado, acompanhado na UTI da unidade.

Legado e contribuições acadêmicas

Referência em sua área, Misse fundou o Núcleco de Estudos da Cidadania, Conflito e Violência Urbana (Necvu/UFRJ), onde foi coordenador até 2023. Era integrante permanente do Programa de Pós-Graduação em Sociologia e Antropologia (PPGSA). Ainda na UFRJ, foi da direção do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (IFCS) da UFRJ (1990-1993) e da direção geral da editora UFRJ (2012-2019).

O sociólogo também foi coordenador do Grupo de Trabalho de Segurança, criado em 2023 pela UFRJ para atender à comunidade acadêmica, estabelecendo um protocolo de segurança da instituição, avaliando e propondo recomendações de segurança nos campi. “O trabalho dessa comissão é de diminuir os danos que essas operações produzem no nosso corpo docente, discente e de funcionários técnico-administrativos”, disse Misse na época sobre a iniciativa.

Reconhecimento e legado

Em nota, o Necvu destaca o trabalho do especialista e professor, incluindo sua influência na academia. Misse deixa "um gigantesco número de alunos e orientandos, que seguem em várias casas pelo Brasil e pelo mundo influenciados por seu pensamento arguto e lúcido, crítico e cuidadoso, produzindo uma poderosíssima contribuição não apenas a sua área de pesquisa específica, mas às teorias social e sociológica".

Misse deixa a companheira, a socióloga Joana Vargas, três filhosAndré, Daniel e Michel Filho —, e os netos Laila e Antonio.

O velório do sociólogo será no IFCS, no Centro do Rio, na sexta-feira, 15. O horário ainda não foi informado pelo instituto.

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