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Meta diz que fim de checagem de fatos se aplica apenas para os EUA

Advocacia-Geral da União notificou empresa dona do WhatsApp e Instagram para explicar suas mudanças na política de desinformação

Mark Zuckerberg (Getty Images)

Publicado em 14 de janeiro de 2025 às 12h34.

Última atualização em 14 de janeiro de 2025 às 12h57.

A Meta respondeu ao pedido feito pela Advocacia-Geral da União (AGU) sobre as mudanças nas diretrizes de checagem da empresa e disse que o programa de verificação de fatos independentes será encerrado apenas nos Estados Unidos.

Em comunicado enviado à AGU, Mark Zuckerberg, CEO e fundador da Meta, afirmou que a empresa está "comprometida em respeitar os direitos humanos e seus princípios subjacentes de igualdade, segurança, dignidade, privacidade e voz".

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Ainda segundo o documento, as alterações na Política de Conduta de Ódio da empresa funcionam como uma tentativa de garantir mais espaço para a liberdade de expressão.

Pedido da AGU

Na última sexta-feira, 10, a Advocacia-Geral da União (AGU) notificou a Meta — empresa proprietária do Facebook, Instagram, WhatsApp e Threads — para pedir esclarecimentos sobre alterações na política de moderação de conteúdo anunciadas por Mark Zuckerberg.

As novas diretrizes permitem que usuários associem doenças mentais a questões de gênero ou orientação sexual em debates religiosos ou políticos. Além disso, flexibilizam restrições a discursos que defendem limitar gêneros em determinadas profissões.

A iniciativa de enviar a notificação partiu do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante uma reunião com ministros na manhã de sexta-feira. De acordo com Rui Costa, chefe da Casa Civil, Lula destacou a importância de proteger a soberania brasileira.

“O presidente foi muito claro: não vamos abrir mão da soberania do país. Qualquer empresa, seja nacional, seja internacional, deve respeitar as leis e a Justiça brasileiras. Por isso, ele determinou que a AGU interpele a Meta para explicar suas intenções no Brasil. Dependendo dessa resposta, tomaremos as medidas legais necessárias”, afirmou Costa.

*Com informações de Agência O Globo

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