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Mercosul e Maduro: as espinhosas pautas de Macri em Brasília

Presidente argentino visita Jair Bolsonaro e trata de temas sensíveis de olho em reeleição em eleições marcadas para o fim de 2019

Bolsonaro recebe o presidente argentino Mauricio Macri em Brasília em 16 de janeiro de 2019. REUTERS/Ueslei Marcelino (Ueslei Marcelino/Reuters)

Bolsonaro recebe o presidente argentino Mauricio Macri em Brasília em 16 de janeiro de 2019. REUTERS/Ueslei Marcelino (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 16 de janeiro de 2019 às 05h55.

Última atualização em 16 de janeiro de 2019 às 12h41.

São Paulo - O presidente da Argentina, Maurício Macri, foi recebido na manhã desta quarta-feira, 16, pouco depois das 10 horas da manhã, pelo seu par brasileiro, Jair Bolsonaro, no Palácio do Planalto, em Brasília. Esta é a primeira visita oficial de Macri ao país desde que o capitão da reserva tomou posse.

A pauta do encontro se concentrará, entre outros temas, na situação da Venezuela e no futuro do Mercosul. A expectativa é que debatam a simplificação tarifária e o possível acordo com a União Europeia. Sobre a Venezuela, do mesmo modo que o Brasil, a Argentina também assinou no âmbito do Grupo de Lima, que reúne 14 países, uma declaração conjunta em que não reconhece a legitimidade do segundo mandato do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, e defendem novas eleições.

Também devem discutir acordos bilaterais, o combate ao crime organizado, o desenvolvimento de um satélite e a construção de um reator para a produção de radiofármacos (substâncias usadas em diagnósticos e tratamentos médicos).

Devem participar dos encontros bilaterais os ministros brasileiros das Relações Exteriores (Ernesto Araújo), Justiça e Segurança Pública (Sergio Moro), Defesa (Fernando Azevedo), Agricultura (Tereza Cristina), Economia (Paulo Guedes), Minas e Energia (Bento Albuquerque), Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (Marcos Pontes) e do Gabinete de Segurança Institucional (Augusto Heleno).

Ao discutirem os rumos do Mercosul, Macri e Bolsonaro devem colocar panos quentes na polêmica criada pelo ministro Guedes que disse, logo após a vitória eleitoral, que o bloco não era prioridade. Macri também tem se mostrado mais meticuloso, segundo reportagem da Folha de S.Paulo, por ser candidato à reeleição em outubro. Por isso, tem tentado se manter afastado de polêmicas e acenado para os partidos de centro-esquerda e de esquerda na tentativa de melhorar sua aprovação (que está em torno de 30%).

Os produtos brasileiros são os mais importados pelos argentinos. Do outro lado da balança comercial, a argentina é o terceiro maior parceiro comercial do Brasil, responsável por cerca de 8% das nossas exportações.

Macri vem ao Brasil acompanhado de uma comitiva de cinco ministros. Estão na comitiva o ministro de Relações Exteriores, Jorge Faurie; da Defesa, Oscar Aguad; da Fazenda, Nicolas Dujovne; da Produção, Dante Sica, além do secretário de Assuntos Estratégicos, Fulvio Pompeo.

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