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Menino de 16 anos é morto em ação envolvendo PM do Rio

Na versão oficial da PM, policiais da UPP se prepararam para abordar dois suspeitos quando homens armados começaram a atirar contra eles

Rio: na versão oficial da PM, policiais da UPP se prepararam para abordar dois suspeitos quando homens armados começaram a atirar contra eles (Tânia Rêgo/Agência Brasil)
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Da Redação

Publicado em 1 de julho de 2016 às 12h13.

Rio de Janeiro - Um adolescente de 16 anos foi morto em uma ação envolvendo policiais militares da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Morro do Borel, na zona norte do Rio de Janeiro , ontem (30).

A Polícia Militar (PM) diz que Jhonata Dalber foi alvejado durante um confronto entre policiais e criminosos armados. No entanto, moradores afirmam que não houve confronto e que apenas os PMs atiraram.

Na versão oficial da PM, policiais da UPP se prepararam para abordar dois suspeitos em uma moto, na localidade de Curva do Horácio.

Antes da abordagem, os dois sofreram uma queda e um deles atirou contra a equipe policial.

Em seguida, ainda de acordo com a PM, homens armados que estavam em um beco próximo ao local, também começaram a atirar contra os policiais. Então, segundo a polícia, “um homem foi baleado e levado pelos policiais para o Hospital do Andaraí”. Ninguém foi preso pela PM.

Outra versão

Os moradores da comunidade dizem, no entanto, que não houve troca de tiros e apenas os policiais dispararam. Na versão dos moradores, os policiais confundiram Jhonata com um criminoso.

Segundo eles, Jhonata estava com um saco de pipoca na mão. Os agentes da UPP acharam que se tratava de um pacote com drogas e o alvejaram.

“O relato de todos os moradores é unânime. Não havia troca de tiros. Foi um tiro e depois se seguiram outros tiros [da polícia]. A polícia nunca vai dizer que matou. A polícia sempre vai dizer que foi um confronto. Ela sempre vai utilizar essa lógica para justificar as mortes dos favelados”, destacou o morador Diego Francisco, de 28 anos.

Depois da morte, moradores fizeram um protesto, em que incendiaram latas de lixo. Segundo a PM, os moradores também arremessaram pedras e garrafas nos policiais.

A Agência Brasil tentou entrevistar um representante das UPPs sobre a acusação dos moradores. A assessoria de imprensa, no entanto, informou que o único pronunciamento foi feito através da nota oficial, que não traz detalhes sobre a morte de Jhonata.

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Rio de Janeiro - Um adolescente de 16 anos foi morto em uma ação envolvendo policiais militares da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Morro do Borel, na zona norte do Rio de Janeiro , ontem (30).

A Polícia Militar (PM) diz que Jhonata Dalber foi alvejado durante um confronto entre policiais e criminosos armados. No entanto, moradores afirmam que não houve confronto e que apenas os PMs atiraram.

Na versão oficial da PM, policiais da UPP se prepararam para abordar dois suspeitos em uma moto, na localidade de Curva do Horácio.

Antes da abordagem, os dois sofreram uma queda e um deles atirou contra a equipe policial.

Em seguida, ainda de acordo com a PM, homens armados que estavam em um beco próximo ao local, também começaram a atirar contra os policiais. Então, segundo a polícia, “um homem foi baleado e levado pelos policiais para o Hospital do Andaraí”. Ninguém foi preso pela PM.

Outra versão

Os moradores da comunidade dizem, no entanto, que não houve troca de tiros e apenas os policiais dispararam. Na versão dos moradores, os policiais confundiram Jhonata com um criminoso.

Segundo eles, Jhonata estava com um saco de pipoca na mão. Os agentes da UPP acharam que se tratava de um pacote com drogas e o alvejaram.

“O relato de todos os moradores é unânime. Não havia troca de tiros. Foi um tiro e depois se seguiram outros tiros [da polícia]. A polícia nunca vai dizer que matou. A polícia sempre vai dizer que foi um confronto. Ela sempre vai utilizar essa lógica para justificar as mortes dos favelados”, destacou o morador Diego Francisco, de 28 anos.

Depois da morte, moradores fizeram um protesto, em que incendiaram latas de lixo. Segundo a PM, os moradores também arremessaram pedras e garrafas nos policiais.

A Agência Brasil tentou entrevistar um representante das UPPs sobre a acusação dos moradores. A assessoria de imprensa, no entanto, informou que o único pronunciamento foi feito através da nota oficial, que não traz detalhes sobre a morte de Jhonata.

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