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Meirelles espera aprovar reforma da Previdência ainda em 2017

O ministro disse ver em mais de 50% a chance de a passar até o fim do ano no Congresso, e reafirmou que a matéria deverá avançar com a reforma tributária

Henrique Meirelles: "Não adianta não fazer agora e ter que fazer daqui dois anos" (Adriano Machado/Reuters)

Henrique Meirelles: "Não adianta não fazer agora e ter que fazer daqui dois anos" (Adriano Machado/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 21 de agosto de 2017 às 16h59.

São Paulo - O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, reiterou nesta segunda-feira, 21, a confiança na aprovação da reforma da Previdência neste ano, embora tenha reconhecido que o tema é "controverso".

Após participar de almoço na editora Abril, na capital paulista, Meirelles disse ver em mais de 50% a chance de a proposta de mudança nas aposentadorias passar até o fim do ano no Congresso e reafirmou que a matéria deverá avançar junto com a reforma tributária, próxima frente a ser atacada pelo governo.

"Vai haver debate grande. É controverso, mas é importante para o País que o problema seja enfrentado. Não adianta não fazer agora e ter que fazer daqui dois anos, ou fazer uma reforma muito mitigada, podendo ter que fazer outra depois", comentou o titular do ministério da Fazenda.

Meirelles disse também trabalhar com a perspectiva de aprovação da nova taxa de juros cobrada do BNDES, a TLP, que visa a eliminar os subsídios implícitos nos financiamentos do banco.

Ele adiantou ainda que a proposta do novo Refis deve caminhar na Câmara em uma ou duas semanas.

O novo Refis, no qual o governo espera levantar R$ 10 bilhões, e a reoneração da folha de pagamento, junto com a relicitação das hidrelétricas da Cemig, dão, conforme Meirelles, segurança de que o governo conseguirá cumprir com as metas fiscais anunciadas recentemente.

Meirelles fez os comentários pouco antes de o desembargador Souza Prudente, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), decidir suspender por liminar o leilão das usinas de Jaguara, São Simão, Miranda e Volta Grande, da Cemig, que aconteceria na terça-feira, 22.

A Advocacia-Geral da União (AGU) informou ao Broadcast Político (serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado) que deve recorrer ainda nesta segunda-feira.

O ministro garantiu que aumentos de impostos estão fora de cogitação no momento e avaliou que a economia brasileira voltou a crescer em ritmo normal de processos de recuperação.

Ele destacou que o crescimento indicado pelo IBC-BR no segundo trimestre é um dado importante porque muitos economistas previam um resultado negativo no período.

"O País está claramente crescendo e vamos entrar em 2018 crescendo a um ritmo entre 2,5% e 3% ao ano", assinalou Meirelles.

Sobre as especulações de que pode lançar candidatura à Presidência no ano que vem, o ministro respondeu que está "totalmente concentrado" na tarefa atual.

"O importante é que o Brasil volte a crescer, volte a criar empregos e etc. Essa é a minha responsabilidade e estou trabalhando 100% do tempo nela."

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