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Meirelles e o Rio: alguém mais?

Deve cair hoje nas contas dos mais de 80.000 servidores da Secretaria Estadual de Educação do Rio de Janeiro o salário do mês de dezembro. Ontem, o secretário da Educação, Wagner Victer, se reuniu com o governador, Luiz Fernando Pezão, e o secretário de Fazenda, Gustavo Barbosa, para confirmar que o repasse aos servidores acontecerá. […]

MEIRELLES E PEZÃO: ministro e governador negociaram durante a semana o plano de recuperação do Rio de Janeiro / (Tânia Rêgo/Agência Brasil)
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Da Redação

Publicado em 13 de janeiro de 2017 às 05h56.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h24.

Deve cair hoje nas contas dos mais de 80.000 servidores da Secretaria Estadual de Educação do Rio de Janeiro o salário do mês de dezembro. Ontem, o secretário da Educação, Wagner Victer, se reuniu com o governador, Luiz Fernando Pezão, e o secretário de Fazenda, Gustavo Barbosa, para confirmar que o repasse aos servidores acontecerá. A situação de quem trabalha na educação está menos pior do que a de outros servidores públicos no estado, que ainda estão recebendo parcelas do salário de novembro, porque o dinheiro para o pagamento tem vindo do Fundeb – o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica.

Durante a semana, o governador acertou com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, os pontos do acordo para a recuperação financeira do estado, que vive a pior situação econômica dentre todas as unidades da Federação. As ações somam 20 bilhões de reais somente em 2017. A assinatura do acordo deve acontecer até o final de semana que vem.

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Entre os pontos acertados estão o aumento de impostos e aumento das contribuições previdenciárias de 11% para 14%, a redução da jornada de trabalho e dos salários de servidores públicos, o congelamento de reajustes e de gastos com propaganda, a suspensão das contratações de comissionados e a privatização de companhias estaduais.

Essa é a maior vitória de Meirelles – e de seu ponto de vista em relação à economia – até aqui. Para que o acordo fosse fechado, Meirelles convenceu Temer e bateu de frente com o Congresso e com membros do Supremo Tribunal Federal, que defendiam que os acordos de recuperação para os estados não tivessem contrapartidas. Como o acordo com o Rio está sendo taxado como bastante duro, outros governadores estão preocupados, principalmente quanto à negociação que terão que travar com os servidores estaduais.

Ontem, Meirelles afirmou que o socorro aos estados deve seguir o plano acertado com o Rio. “Mas não acho que haverá muitos estados dispostos, porque são condições muito duras”, afirmou ao jornal Folha de S. Paulo. Infelizmente, para os estados, não há muitas soluções no radar. A conta do desgoverno um dia chega.

 

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