Brasil

Medidas podem ser mais restritivas, diz secretário do Rio após fim de semana de praias cheias

Brenno Carnevale, da Ordem Pública, ressaltou que não colaboração para não ocorrer aglomerações pode levar o Rio a um novo cenário

 Movimentação na praia do Leblon, no Rio de Janeiro (RJ), neste domingo (14).  (BRUNO MARTINS/Estadão Conteúdo)

Movimentação na praia do Leblon, no Rio de Janeiro (RJ), neste domingo (14). (BRUNO MARTINS/Estadão Conteúdo)

AO

Agência O Globo

Publicado em 15 de março de 2021 às 10h18.

Última atualização em 15 de março de 2021 às 15h48.

O secretário municipal de Ordem Pública, Brenno Carnevalle, disse, nesta segunda-feira, que as "medidas podem ser mais restritivas de acordo com o cenário que se vislumbre do ponto de vista sanitário". A declaração foi dada quando ele foi questionado, em entrevista ao "Bom Dia Rio", da TV Globo, sobre o trabalho de ambulantes e o aluguel de barracas nas praias, que ficaram cheias durante o fim de semana.

— Essa é uma decisão técnica, científica. Eu repito: é uma decisão que cabe principalmente à Secretaria de Saúde. Obviamente a Secretaria de Ordem Pública é ouvida nessas decisões. Nós fizemos apreensões de materiais irregulares a partir das 17 horas. A gente volta a pedir a colaboração dessas pessoas no sentido de cumprirem as regras. Não havendo esse cumprimento — nós faremos um balanço deste fim de semana —, não há problema algum em essa medida ser revista. O prefeito já deixou isso claro. Não havendo a colaboração dessas pessoas, essas medidas podem ser mais restritivas de acordo com o cenário que se vislumbre do ponto de vista sanitário — disse ele.

Segundi Brenno, a Secretaria de Ordem Pública age, primeiro, fazendo um trabalho de conscientização:

— Antes do horário das 17 horas, a gente passa, com a Guarda Municipal e a própria Vigilância Sanitária. Também nos quiosques, porque mesmo eles podendo funcionar até 21 horas a gente orienta que não sirvam pessoas em pé. E com relação às faixas de areia, até as 17 horas é permitido comércio. Também fomos orientando essas pessoas justamente para que eles não percam a oportunidade de trabalhar. É preciso ter uma sensibilidade também no que diz respeito a multidões. Então, a prefeitura precisa zelar também pela integridade física das pessoas que estão cumprindo as regras, estão fazendo uso dos espaços públicos com senso de coletividade e com senso de civilização.

Segundo ele, após o último decreto sobre medidas restritivas no Rio, que passou a valer na última sexta-feira, a Secretaria fez mais de duas mil ações:

— Nós tivemos mais de cem interdições de estabelecimentos comerciais e aglomerações sendo repelidas também pela prefeitura. Nós fizemos ocupações prévias nos principais pontos focais. Então nós não vemos mais aquelas aglomerações que víamos anteriormente nos pontos focais de bares e restaurantes. Contamos também com a colaboração desses estabelecimentos. A gente faz questão de agradecer. No entanto a gente ainda tem pessoas descumprindo, pessoas não usando máscaras.

Neste domingo, houve fiscalizações em bairros da Zona Oeste, como Bangu, Campo Grande e Recreio dos Bandeirantes, informou Brenno. Multas individuais, de R$ 562,42 foram aplicadas.

— Estamos fazendo essas operações por todo o território do município justamente buscando um cenário melhor para que a gente possa voltar o quando antes ao cenário de mínima normalidade, tendo em vista a pandemia que a gente ainda vive. Nós já fizemos diversas multas individuais. Na verdade, o guarda municipal faz a constatação da infração sanitária e a Vigilância Saniitaria ratifica essa multa. Já foram mais de 500, 600.

O secretário afirmou ainda que o diálogo com bares e restaurante tem sido constante.

— No entanto, é sempre importante lembrar que as decisões precisam ser pautadas pela ciência. Então, o diálogo é importante, mas a decisão final é sempre pautada na ciência. E fica o agradecimento aos bares e restaurantes que estão colaborando. Infelizmente, uma minoria ainda descumpre. No fim de semana a gente mais uma vez abordou bares e restaurante com portas fechadas mas com pessoas dentro. Esses lugares foram interditados — destacou.

Brenno ressaltou ainda que só ficar pedindo conscientização não é suficiente e que, por isso, as fiscalizações continuarão:

— Na verdade, a prefeitura não esta só pedindo a sensibilidade. Eu, particularmente, que estou à frente dessas ações desde janeiro, sempre considerei a conscientização das pessoas importante. No entanto, as fiscalizações vão continuar, vão acontecer e vão infelizmente multar. A prefeitura está multando, está interditando, está autuando, está aplicando a lei no seu maior rigor. Está empregando o seu máximo efetivo, sua máxima energia. Agora, eu como cidadão e secretário não posso deixar de apelar para a conscientização. Mas isso não significa que a gente conte com essa colaboração. A gente está aplicando a regra, está fazendo fiscalização 24 horas por dia.

Acompanhe tudo sobre:CoronavírusPandemiaRio de Janeiro

Mais de Brasil

Secretário-geral da ONU pede "espírito de consenso" para G20 avançar

Paes entrega a Lula documento com 36 demandas de prefeitos do U20

Varredura antibomba e monitoramento aéreo: chegada de chefes de Estado para o G20 mobiliza segurança