Médico diz ter acrescentado dados em atestado de Cosenza
José Carlos Cosenza justificou a ausência dele no depoimento marcado para ontem à tarde na CPI mista da estatal com atestado médico
Da Redação
Publicado em 23 de outubro de 2014 às 15h35.
Brasília - Em declaração que foi encaminhada pela Petrobras na manhã desta quinta-feira para a CPI mista da estatal, o médico José Eduardo Couto de Castro informou que foi ele o responsável por ter acrescentado a Classificação Internacional de Doenças (CID) ao atestado médico apresentado pelo diretor de Abastecimento da companhia, José Carlos Cosenza, para justificar a ausência dele no depoimento marcado para ontem à tarde na comissão.
"Declaro para fins legais e à (sic) pedido do Sr. José Carlos Cosenza, meu paciente, que o dado do CID (Classificação Internacional de Doenças - ilegível) foi por mim acrescentado ao atestado médico de ontem, a meu pedido, para melhor esclarecer os fatos do mesmo", afirma o médico.
Após polêmica que envolveu a oposição, a CPI mista decidiu investigar se teria havido fraude no atestado médico por Cosenza.
No primeiro documento apresentado à CPI, protocolado às 9h30 de quarta-feira, não havia a informação da doença que motivou a ausência.
O atestado assinado pelo médico José Eduardo Couto de Castro descrevia apenas que o paciente teve "intercorrências clínicas" que justificaram o afastamento dele por 48 horas.
Posteriormente, contudo, no mesmo atestado médico que consta da CPI mista foi acrescentado à caneta a Classificação Internacional de Doenças (CID), padronização de enfermidades feita pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Ao atestado, foi incluído o CID 10: F418, que se refere a "hipertensão essencial primária" com "outros transtornos ansiosos especificados". A mudança ocorreu depois que a reunião da CPI havia iniciado.
A oposição protestou contra a mudança ontem à tarde. "Este atestado médico foi adulterado, tem que apurar isso", afirmou o líder do PPS na Câmara, Rubens Bueno (PR), autor do pedido de convocação de Cosenza, que sucedeu Paulo Roberto Costa na Diretoria de Abastecimento da Petrobras.
Para o líder do Solidariedade na Casa, Fernando Francischini, há um trabalho político-eleitoral para evitar novos escândalos.
"Nossa CPMI falece hoje. O atestado de óbito da CPMI é claro. O governo, é óbvio, proibiu a vinda do senhor Cosenza", criticou.
A oposição pediu a realização de um exame grafotécnico para verificar se a complementação dos dados foi feita pelo próprio médico.
Na documentação encaminhada à CPI mista, o gerente Setorial de Articulação Interna da Petrobras, Rogério Augusto Calderon Ramos, incluiu a declaração do médico e "esclarece que a inserção da CID naquele instrumento teria sido também por ele produzida".
Brasília - Em declaração que foi encaminhada pela Petrobras na manhã desta quinta-feira para a CPI mista da estatal, o médico José Eduardo Couto de Castro informou que foi ele o responsável por ter acrescentado a Classificação Internacional de Doenças (CID) ao atestado médico apresentado pelo diretor de Abastecimento da companhia, José Carlos Cosenza, para justificar a ausência dele no depoimento marcado para ontem à tarde na comissão.
"Declaro para fins legais e à (sic) pedido do Sr. José Carlos Cosenza, meu paciente, que o dado do CID (Classificação Internacional de Doenças - ilegível) foi por mim acrescentado ao atestado médico de ontem, a meu pedido, para melhor esclarecer os fatos do mesmo", afirma o médico.
Após polêmica que envolveu a oposição, a CPI mista decidiu investigar se teria havido fraude no atestado médico por Cosenza.
No primeiro documento apresentado à CPI, protocolado às 9h30 de quarta-feira, não havia a informação da doença que motivou a ausência.
O atestado assinado pelo médico José Eduardo Couto de Castro descrevia apenas que o paciente teve "intercorrências clínicas" que justificaram o afastamento dele por 48 horas.
Posteriormente, contudo, no mesmo atestado médico que consta da CPI mista foi acrescentado à caneta a Classificação Internacional de Doenças (CID), padronização de enfermidades feita pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Ao atestado, foi incluído o CID 10: F418, que se refere a "hipertensão essencial primária" com "outros transtornos ansiosos especificados". A mudança ocorreu depois que a reunião da CPI havia iniciado.
A oposição protestou contra a mudança ontem à tarde. "Este atestado médico foi adulterado, tem que apurar isso", afirmou o líder do PPS na Câmara, Rubens Bueno (PR), autor do pedido de convocação de Cosenza, que sucedeu Paulo Roberto Costa na Diretoria de Abastecimento da Petrobras.
Para o líder do Solidariedade na Casa, Fernando Francischini, há um trabalho político-eleitoral para evitar novos escândalos.
"Nossa CPMI falece hoje. O atestado de óbito da CPMI é claro. O governo, é óbvio, proibiu a vinda do senhor Cosenza", criticou.
A oposição pediu a realização de um exame grafotécnico para verificar se a complementação dos dados foi feita pelo próprio médico.
Na documentação encaminhada à CPI mista, o gerente Setorial de Articulação Interna da Petrobras, Rogério Augusto Calderon Ramos, incluiu a declaração do médico e "esclarece que a inserção da CID naquele instrumento teria sido também por ele produzida".