Brasília - O Ministério da Educação publicou nesta sexta-feira, 3, no Diário Oficial da União portaria com as regras de seleção dos estudantes a serem financiados com recursos do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) no segundo semestre deste ano.
O documento traz apenas regras gerais, sem detalhar, por exemplo, prazo de inscrição e quantidade de vagas, informações que constarão do edital do processo seletivo, ainda não divulgado.
No último dia 26, no entanto, o ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, antecipou que neste segundo semestre serão ofertadas 61,5 mil novas vagas para o programa.
A portaria publicada nesta sexta-feira determina que as mantenedoras de Instituições de Educação Superior (IES) interessadas em participar da seleção neste semestre deverão assinar Termo de Participação no período de 6 de julho até as 23 horas e 59 minutos do dia 17 de julho.
No Termo de Participação, a mantenedora deverá obrigatoriamente preencher, para cada curso, turno e local de oferta as informações referentes a integralidade do curso, semestralidade escolar do curso e a proposta do número de vagas a serem ofertadas pela entidade.
A proposta de vagas deverá considerar a quantidade autorizada no Cadastro e-MEC, respeitados os porcentuais relacionados ao conceito do curso obtido no Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes), ou seja, até 100% do número de vagas para cursos com conceito 5; até 75% do número de vagas para cursos com conceito 4; até 50% por cento do número de vagas para cursos com conceito 3; e até 50% do número de vagas para cursos cujos atos regulatórios mais recentes sejam "autorização".
A portaria reitera que poderá se inscrever na seleção do Fies o estudante que, cumulativamente, não tenha concluído curso superior; tenha participado do Exame Nacional do Ensino Médio ( Enem ) a partir de 2010 e obtido média aritmética das notas nas provas igual ou superior a 450 pontos e nota na redação superior a zero; e renda familiar mensal bruta per capita de até dois e meio salários mínimos.
Sobre as inscrições, o texto cita que elas serão efetuadas exclusivamente pela internet, por meio do endereço eletrônico no site do MEC, que ficará disponível para inscrição dos estudantes em período especificado no edital da seleção, ainda a ser divulgado pela Secretaria de Educação Superior do Ministério da Educação (SESu).
- 1. Bons exemplos
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São Paulo - Ranking após ranking, o brasileiro é lembrado que a
educação anda a passos lentos no país. Se, finalmente, todas as crianças entram na
escola , o desafio agora é evitar que elas desistam e abandonem os estudos no meio do caminho. De acordo com dados do Censo Escolar,
1,3 milhão de crianças e adolescentes em todo o Brasil deixaram as salas de aula durante o ano letivo de 2013. Contra a evasão, professores de todo o país se desdobram para tornar suas aulas mais atraentes e mais conectadas com o dia a dia de seus alunos, com o obejtivo de mantê-los interessados. É o caso dos 10 professores que desenvolveram os projetos apresentados nesta reportagem. Eles são os vencedores do prêmio Educador Nota 10 deste ano, realizado pela Fundação Victor Civita. São trabalhos desenvolvidos na Educação Infantil e do 1º ao 9º ano do Ensino Fundamental, de diversas disciplinas e em diversas regiões do país. Usando assuntos do dia a dia dos alunos e elementos lúdicos, os projetos se destacam pela criatividade com que os temas foram abordados - e, claro, pelos bons resultados alcançados. Além disso, chama a atenção o fato de que, entre as 10 escolas vencedoras, só uma ser privada. Veja nas fotos o que faz destes projetos exemplos para a educação brasileira.
2. "O povo conta" - EE Padre Paulo (MG) 2 /9(Divulgação/ Fundação Victor Civita)
Projeto: “O povo conta” Escola: Escola Estadual Padre Paulo Cidade: Santo Antônio do Monte - MG No projeto "O povo conta", desevolvido pela professora Ana Cláudia Santos, alunos do 6º ano da escola estadual Padre Paulo, em Santo Antônio do Monte (MG), trabalharam a produção de contos populares em verso e prosa. Depois da professora apresentar vários textos da tradição oral, os estudantes foram incumbidos da tarefa de pesquisar com familiares causos e contos orais tradicionais da região. O objetivo era discutir as diferenças entre a fala e a escrita. Para coroar o trabalho, as histórias descobertas pelos alunos foram reescritas para serem publicadas em um e-book no formato de coletânea.
3. Os guardiões dos sambaquis - EM Professora Maria Regina Leal (SC) 3 /9(Divulgação/ Fundação Victor Civita)
Projeto: "Os guardiões dos sambaquis" Escola: Escola Municipal Professora Maria Regina Leal Cidade: Joinville – SC A professora Angela Maria Vieira abordou o tema de história antiga brasileira através do estudo dos sambaquis (sítios arqueológicos em que se encontram restos de conchas, ossos, objetos de pedra e cerâmica, entre outros) da região próxima à escola, no litoral de Joinville. Ali estão catalogados quatro sambaquis considerados patrimônios arqueológicos mas que estão total ou parcialmente destruídos por conta da pavimentação, da exploração imobiliária e do uso das conchas para a fabricação de cal. A professora fez, então, uma parceira com a equipe do Museu Arqueológico de Sambaqui de Joiville, que ajudou a aprofundar o estudo com as crianças. Ao final, um material de conscientização foi organizado para divulgar para a população sobre a preservação desses locais.
4. Escrevendo com lenga-lenga - EE Professora Laila Galep Sacker (SP) 4 /9(Divulgação/ Fundação Victor Civita)
Projeto: “Escrevendo com lenga-lenga” Escola: Escola Estadual Professora Laila Galep Sacker Cidade: Sorocaba – SP Para ajudar no processo de alfabetização de seus alunos do 1º ano e aproximá-los do processo de construção de um texto, a professora Mara Elizabeth Mansani, escolheu os lenga-lengas - textos de frases curtas, rimadas e com repetições de palavras. Depois de serem apresentados a esse tipo de texto, foi a vez das crianças escreverem, em pequenos grupos, suas próprias lenga-lengas. O trabalho culminou na publicação das composições ilustradas em livros.
5. O de dentro e o de fora: o desenho como expressão - EM Valéria Junqueira Paduan (MG) 5 /9(Divulgação/ Fundação Victor Civita)
Projeto: “O de dentro e o de fora: o desenho como expressão” Escola: Escola Municipal Valéria Junqueira Paduan Cidade: Santa Rita do Sapucaí – MGA professora de Artes Maria da Paz Melo achava que seus alunos do 4º ano faziam desenhos fracos, então, fez a eles uma proposta: "faça um desenho como você vê dentro da sua cabeça e não se preocupe se ficar diferente. A intenção é que ele tenha a sua cara.”Tendo a ideia de ampliar as referências das crianças, a professora incentivou que os alunos usassem toda a diversidade que uma escola rural pode ter a seu dispor, como troncos, pedras, galhos e folhas. Maria da Paz fez com os alunos fizessem esculturas e desenhos delas mesmos de vários ângulos. Ensinou também a passar para o papel as sombras feitas pelos galhos. O resultado foi uma turma mais livre artisticamente e desenhos mais bonitos.
6. Construções no plano cartesiano - Colégio Estadual do Ensino Médio e Fundamental do Vale do Saber (PR) 6 /9(Divulgação/ Fundação Victor Civita)
Projeto: “Construções no plano cartesiano” Escola: Colégio Estadual do Ensino Médio e Fundamental do Vale do Saber Cidade: Apucarana - PRPara desenvolver o conteúdo de geometria analítica no 8º ano, a professora Marlene Garcia Alves criou uma proposta didática para a turma aprender a localizar coordenadas nos mapas geográficos e pares ordenados no plano cartesiano.Inicialmente, os alunos desenharam figuras geométricas simples e depois passaram a usar o plano cartesiano para construir fachadas das casas. Nessa etapa, os alunos trabalharam com autonomia, apresentando construções com aspectos artísticos, que, depois, foram exibidos em uma mostra cultural.
7. Desastre natural: informar para prevenir - EM CAIC (SP) 7 /9(Divulgação/ Fundação Victor Civita)
Projeto: “Desastre natural: informar para prevenir” Escola: Escola Municipal CAIC Cidade: Lorena - SP Com objetivo de ampliar as noções que a turma do 8º ano tinha sobre desastres naturais, a professora Monique Godoi Gomes Lescura criou diversas atividades que tematizaram a caracterização, tipologia e distribuição espacial destes fenômenos. Os alunos realizaram pesquisas de campo e na internet, incluindo registros fotográficos, seminários, produções de texto e análises de gráficos. Os estudantes também visitaram o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) para conhecer o uso de geotecnologias na previsão e monitoramento de desastres naturais.
8. Baía da Babitonga: nosso berçário natural - Centro de Educação Infantil Odorico Fortunato (SC) 8 /9(Divulgação/ Fundação Victor Civita)
Projeto: “Baía da Babitonga: nosso berçário natural” Escola: Centro de Educação Infantil Odorico Fortunato Cidade: Joinville - SC Com um manguezal vizinho à escola em que leciona, em uma região da periferia de Joinville, a professora Paula Aparecida Sestari resolveu falar sobre este ecossistema com seus alunos da pré-escola. Através de conversas, leituras, observações, construções tridimensionais e de vivências, as crianças foram entendendo mais sobre o mangue. A turma também assistiu a vídeos, fez pesquisas sobre a região, fez diversas visitas de campo e montou uma maquete do manguezal. Por fim, com a colaboração da comunidade e a pedido da classe foi construído um “observatório” para que todos pudessem observar o manguezal do pátio da escola. A professora Paula foi escolhida a Educadora do Ano pela Fundação Victor Civita pelo projeto Baía Babitonga.
9. As mil e uma noites - E.M.E.F. Fabiano Alves de Freitas (SP) 9 /9(Divulgação/ Fundação Victor Civita)
Projeto: “As mil e uma noites” Escola: E.M.E.F. Fabiano Alves de Freitas Cidade: Ituverava - SPA professora Renata Maria Pontes Cabral de Medeiros organizou um trabalho sistematizado de leitura com o 4º ano para ampliar o repertório da classe sobre o gênero de aventura.Para isso, foram realizadas várias atividades de escrita: coletivas, em duplas e depois textos individuais. Durante todo o processo, a educadora reforçou a necessidade de se planejar o conteúdo e a forma de um texto antes de escrevê-lo e também promoveu a análise da escrita e fez revisões para aprimorar a produção. No final, as crianças elaboraram contos de aventura, com base nas histórias das Mil e uma Noites.