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Marun reavalia posição e diz que não apresentará impeachment de Barroso

Ministro acusa o magistrado de fazer do STF palco de disputas políticas e chegou a dizer que o ministro tem dois pesos e duas medidas

Carlos Marun: ministro da Secretaria de Governo afirmou nesta quinta-feira que reavaliou sua posição e que não irá apresentar um pedido de impeachment do ministro do STF Roberto Barroso (Ueslei Marcelino/Reuters)
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Reuters

Publicado em 12 de abril de 2018 às 14h30.

Brasília - O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, afirmou nesta quinta-feira que reavaliou sua posição e que não irá apresentar um pedido de impeachment do ministro do STF Roberto Barroso enquanto integrar o governo na chefia da articulação política.

O ministro disse ter conversado na segunda-feira com o presidente Michel Temer, ocasião em que o presidente teria manifestado a preocupação de que a atitude do ministro poderia ser vista como uma ação de governo, ainda que ele pusesse em prática sua intenção de licenciar-se do cargo para apresentar o pedido contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) como parlamentar ou como cidadão comum.

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"Pelo fato de eu estar no exercício da função de ministro de Estado, ele (Temer) coloca que ele não gostaria que isso se transformasse em uma ação de governo, até porque não é, nesse momento, o pensamento do governo", disse Marun a jornalistas após a primeira reunião ministerial de Temer depois da reforma provocada pela descompatibilização eleitoral encerrada na última semana.

"Então eu estou reavaliando, reavaliei e não devo fazê-lo ( o pedido de impeachment) nos próximos dias. Não devo fazê-lo, pelo menos enquanto for ministro", afirmou.

O ministro havia anunciado, anteriormente, que pediria licença do cargo e apresentaria um impeachment contra Barroso, que alterou o decreto de indulto de Natal assinado por Temer em dezembro passado, provocando irritação no ministro, que acusa o magistrado de fazer do STF palco de disputas políticas e chegou a dizer que o ministro tem dois pesos e duas medidas.

O ministro da corte também foi o responsável por decisão no chamado inquérito dos portos no STF, em que Temer é investigado, determinando a quebra do sigilo bancário do presidente.

Marun repetiu que Temer sofre uma perseguição e que tem sido alvo de notícias negativas e denúncias por estar fazendo um governo "eficiente" e justamente no momento em que avalia concorrer à reeleição.

 

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