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Em artigo, Marta Suplicy volta a atacar Dilma e o PT

Senadora petista publicou artigo no jornal Folha de S. Paulo em que faz duras críticas à presidente Dilma Rousseff e o que considera falta de transparência na condução do governo

A presidente Dilma Rousseff e Marta Suplicy, quando a senadora assumiu como ministra da Cultura. Desde que deixou o cargo, Marta faz frequentes críticas ao governo (Wilson Dias/ABr)
DR

Da Redação

Publicado em 2 de fevereiro de 2015 às 12h02.

São Paulo - A um passo de deixar o partido que ajudou a fundar, a senadora Marta Suplicy voltou a atacar a presidente Dilma Rousseff .

Em artigo publicado no jornal Folha de S. Paulo nesta terça-feira, a ex-ministra da Cultura afirmou que se o governo tivesse adotado uma política de transparência na condução da área econômica, o país não estaria vivendo "esta situação de descalabro" que faz a "vaca engasgar de tanto tossir" - em uma clara referência ao jargão de Dilma durante a campanha eleitoral de que não mexeria nos direitos trabalhistas "nem que a vaca tussa".

Esta é a segunda vez em menos de um mês que Marta tece críticas ao governo Dilma. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo há algumas semanas, ela afirmou que "ou o PT muda, ou acaba".

No texto publicado hoje, a senadora afirma que o Partido dos Trabalhadores vive uma "situação complexa" pois "prometeu, durante a campanha, um futuro sem agruras, omitiu-se na apresentação de um projeto de nação ao país, mas agora está atarantado sob sérias denúncias de corrupção".

Marta também argumenta que os militantes da sigla pararam de apoiar as decisões do governo Dilma - entre elas, a escolha de Joaquim Levy para ocupar o Ministério da Fazenda. "O simpatizante do PT não entende o porquê. Se tudo ia bem, era necessário alguém para implementar ajustes e medidas tão duras e negadas na campanha?", questiona.

Segundo ela, se a presidente tivesse optado pela transparência, "não estaríamos agora tendo de viver o aumento desmedido das tarifas, a volta do desemprego, a diminuição de direitos trabalhistas, a inflação, o aumento consecutivo dos juros, a falta de investimentos e o aumento de impostos, fazendo a vaca engasgar de tanto tossir".

Marta afirma que o povo brasileiro acompanha "atônito um estado de total ausência de transparência, absoluta incoerência entre a fala e o fazer, o que leva à falta de credibilidade e confiança".

A senadora conclui o texto com mais uma alfinetada: "A peça de desenrola com enredo atrapalhado e incompreensível. O diretor sumiu".

Esta não foi a primeira vez que a ex-ministra da Cultura critica a condução de Dilma na economia. Quando deixou a pasta, Marta afirmou que a presidente deveria escolher uma equipe capaz de resgatar a credibilidade do governo.

A senadora também não escondeu seu descontentamento com a nomeação de Juca Ferreira para sucedê-la na Cultura e, recentemente, enviou documentos à Controladoria-Geral da União (CGU) que denunciariam supostas irregularidades da gestão do petista na pasta entre 2008 e 2010.

Nas últimas semanas, o PT estaria tentando um acordo para que Marta não deixasse a sigla. O teor do texto publicado hoje é um sinal claro de que as supostas negociações não tiveram o resultado esperado pelo grupo político. Entenda por que Marta estão tão descontente com o partido que ajudou a conduzir ao poder.

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Em artigo publicado no jornal Folha de S. Paulo nesta terça-feira, a ex-ministra da Cultura afirmou que se o governo tivesse adotado uma política de transparência na condução da área econômica, o país não estaria vivendo "esta situação de descalabro" que faz a "vaca engasgar de tanto tossir" - em uma clara referência ao jargão de Dilma durante a campanha eleitoral de que não mexeria nos direitos trabalhistas "nem que a vaca tussa".

Esta é a segunda vez em menos de um mês que Marta tece críticas ao governo Dilma. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo há algumas semanas, ela afirmou que "ou o PT muda, ou acaba".

No texto publicado hoje, a senadora afirma que o Partido dos Trabalhadores vive uma "situação complexa" pois "prometeu, durante a campanha, um futuro sem agruras, omitiu-se na apresentação de um projeto de nação ao país, mas agora está atarantado sob sérias denúncias de corrupção".

Marta também argumenta que os militantes da sigla pararam de apoiar as decisões do governo Dilma - entre elas, a escolha de Joaquim Levy para ocupar o Ministério da Fazenda. "O simpatizante do PT não entende o porquê. Se tudo ia bem, era necessário alguém para implementar ajustes e medidas tão duras e negadas na campanha?", questiona.

Segundo ela, se a presidente tivesse optado pela transparência, "não estaríamos agora tendo de viver o aumento desmedido das tarifas, a volta do desemprego, a diminuição de direitos trabalhistas, a inflação, o aumento consecutivo dos juros, a falta de investimentos e o aumento de impostos, fazendo a vaca engasgar de tanto tossir".

Marta afirma que o povo brasileiro acompanha "atônito um estado de total ausência de transparência, absoluta incoerência entre a fala e o fazer, o que leva à falta de credibilidade e confiança".

A senadora conclui o texto com mais uma alfinetada: "A peça de desenrola com enredo atrapalhado e incompreensível. O diretor sumiu".

Esta não foi a primeira vez que a ex-ministra da Cultura critica a condução de Dilma na economia. Quando deixou a pasta, Marta afirmou que a presidente deveria escolher uma equipe capaz de resgatar a credibilidade do governo.

A senadora também não escondeu seu descontentamento com a nomeação de Juca Ferreira para sucedê-la na Cultura e, recentemente, enviou documentos à Controladoria-Geral da União (CGU) que denunciariam supostas irregularidades da gestão do petista na pasta entre 2008 e 2010.

Nas últimas semanas, o PT estaria tentando um acordo para que Marta não deixasse a sigla. O teor do texto publicado hoje é um sinal claro de que as supostas negociações não tiveram o resultado esperado pelo grupo político. Entenda por que Marta estão tão descontente com o partido que ajudou a conduzir ao poder.

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