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Marta Suplicy avisa PT que deixará partido até maio

Em festa de aniversário, maioria era do futuro partido, PSB; só um do PT apareceu


	Marta Suplicy: saída do PT e filiação ao PSB
 (Elza Fiúza/ABr)

Marta Suplicy: saída do PT e filiação ao PSB (Elza Fiúza/ABr)

Guilherme Dearo

Guilherme Dearo

Publicado em 21 de março de 2015 às 15h12.

São Paulo - A senadora Marta Suplicy já avisou ao PT que irá sair do partido até maio. A intenção é se filiar ao PSB para disputar a Prefeitura de São Paulo em 2016.

O empresário Márcio Toledo, namorado de Marta, foi quem deu a notícia à cúpula estadual do PT e também ao governo tucano em São Paulo.

Marta Suplicy deu uma festa de aniversário na noite de ontem (20), quando completou 70 anos.

A festa aconteceu no apartamento de Márcio no bairro dos Jardins, em São Paulo. Aos jornalistas presentes, confirmou a sua saída do PT.

A crise entre a senadora e o partido era evidente ao se olhar para os convidados. A maioria era do PSB. O único do PT a aparecer foi o senador Delcídio Amaral (PT-MS).

A festa ainda contou com o vice-presidente Michel Temer e sua mulher Marcela, José Sarney e o ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes.

Fernando Haddad, prefeito de São Paulo, não foi convidado para o aniversário. Lula também não estava na lista.

Segundo rumores, Marta ficaria no PT caso Lula lhe garantisse a disputa à prefeitura de São Paulo. Para isso, claro, Fernando Haddad teria de ser preterido. A possibilidade dessa troca acontecer é bem pequena.

20 dias

Segundo Vera Magalhães, da Folha de S.Paulo, as principais figuras do governo que estavam na festa fizeram, com pequenas variações, o mesmo diagnóstico: a presidente Dilma Rousseff teria apenas 20 dias para romper o isolamento político, colar os cacos de seu governo e apontar caminhos para a saída da crise econômica.

Caso contrário, será muito difícil manter a governabilidade e parar a escalada de manifestações e desaprovação popular.

"Ela tem de 15 a 20 dias para sair da encruzilhada e apontar o caminho que seu governo vai seguir nos próximos três anos e 9 meses. Caso contrário, será difícil assegurar a governabilidade", disse um dos convidados à Folha.

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