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Marta não tem pressa para indicar relator da reforma trabalhista

O texto passará simultaneamente pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) e pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS), presidida pela senadora

Marta Suplicy: ela pretende seguir o calendário defendido pelo governo, para que o projeto possa seguir para o plenário da Casa até o início de junho (Divulgação/Facebook/Marta Suplicy/Divulgação)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 2 de maio de 2017 às 21h55.

Brasília - A presidente da Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado, Marta Suplicy (PMDB-SP), afirmou que "não tem pressa" para indicar o relator da reforma trabalhista no colegiado.

A proposta, aprovada pela Câmara na semana passada, chegou hoje ao Senado.

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O texto vai passar simultaneamente pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), comandada pelo senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), que escolheu Ricardo Ferraço (PSDB-ES) como relator do projeto.

"Ainda não decidi. Nem atropelando, nem açodamento. A Comissão irá em um ritmo que permita a todos fazerem os aprofundamentos necessários", destacou Marta.

Ela pretende seguir o calendário defendido pelo governo, para que o projeto possa seguir para o plenário da Casa até o início de junho, mas disse que ainda poderá mudar de ideia dependendo do que for apresentado nas audiências públicas do colegiado.

A senadora marcou três reuniões para discutir o tema, uma delas já realizada, e afirmou que outras podem ser agendadas se houver necessidade.

"Aqui não é uma Casa carimbadora, é uma Casa revisora. Caso todos concordem que o que está lá colocado, está do agrado da maioria, aí nós iremos fazer um esforço para agilizar, porque a gente sabe da importância disso ser aprovado para o governo. Agora, caso a maioria discorde, nós vamos respeitar os senadores."

Ela disse que buscará alguém para a relatoria com a "mente aberta" para ouvir todos os pontos sobre a reforma, que pense no melhor para o trabalhador e não tome posições meramente políticas.

"O projeto é bom, a gente pode achar que tem de mudar uma ou outra coisa, e aí vamos debater para ver se é tão importante a ponto de que tenha que voltar para a Câmara. Não tem cabeça fechada, tem de fazer o melhor", defendeu.

A parlamentar afirmou que não está sofrendo nenhuma pressão do governo para acelerar a tramitação.

Pelo regimento, a proposta precisa ser votada primeiro na CAE antes de seguir para a CAS, que é a comissão de mérito.

Caso a proposta tenha de passar pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), como defendem alguns parlamentares, a tramitação teria de mudar para absorver o colegiado. Em qualquer dos cenários, a CAS é a última a deliberar.

Nesta quarta-feira, 3, os senadores deverão votar dois requerimentos no plenário que pendem para que a proposta também passe por outras comissões da Casa.

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) solicitou que a proposta passe pela CCJ, presidida pelo senador Edison Lobão (PMDB-MA), e pela Comissão de Direitos Humanos (CDH), presidida por Regina Sousa (PT-PI).

Governistas, entretanto, trabalham para que o texto seja encaminhado apenas para duas comissões.

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