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Mariz de Oliveira atua para Temer e defendeu empreiteira

Possível indicado ao Ministério da Justiça defende Temer no STF de acusações na operação Lava Jato


	O advogado Antonio Carlos Mariz de Oliveira, à frente, é o principal cotado para Ministério da Justiça em eventual governo Temer.
 (Agência Brasil/Gervásio Baptista)

O advogado Antonio Carlos Mariz de Oliveira, à frente, é o principal cotado para Ministério da Justiça em eventual governo Temer. (Agência Brasil/Gervásio Baptista)

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Da Redação

Publicado em 27 de abril de 2016 às 08h32.

Brasília - O advogado Antônio Claudio Mariz de Oliveira, nome do vice-presidente Michel Temer (PMDB) para assumir o Ministério da Justiça caso a presidente Dilma Rousseff seja afastada pelo Senado, é amigo de longa data do peemedebista e atua como seu defensor no Supremo Tribunal Federal no âmbito da Lava Jato.

As menções ao peemedebista contidas na delação do senador Delcídio Amaral (sem partido-MS) foram incluídas no inquérito conhecido como "quadrilhão", sobre formação de quadrilha no escândalo.

A investigação já tem 39 investigados, entre políticos do PT, PP, PMDB e operadores do esquema. Em acordo de delação premiada, o parlamentar disse que o vice-presidente seria "padrinho" na petroleira de dois investigados na Lava Jato.

Mariz também representou Camargo Corrêa no escândalo desvendado pela Operação Castelo de Areia, de 2009, em que a empresa era acusada de crimes financeiros e lavagem de dinheiro.

O nome do vice-presidente da República, então deputado federal, aparecia na contabilidade da empreiteira como beneficiário de valores ilícitos que somavam mais de US$ 345 mil.

A operação, no entanto, foi anulada pelo Superior Tribunal de Justiça, que considerou ilegais as provas obtidas.

A empreiteira também foi implicada na Lava Jato anos depois, quando Mariz passou a representar seu então vice-presidente, Eduardo Leite, preso na 7ª fase da Lava Jato, em 2014, e que atualmente está afastado da construtora. Mas, por discordar do instituto da delação premiada, o advogado abandonou a defesa do executivo quando ele firmou acordo com o Ministério Público Federal.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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