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Marina 'não tem voz' sobre questão LGBT, diz dirigente

Dirigente lembrou que Marina é contrária à união religiosa de casais homoafetivos, mas que reconhece o direito à união civi


	Marina: secretário nacional do segmento LGBT diz que PSB tem receio de alguns posicionamentos dela
 (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)

Marina: secretário nacional do segmento LGBT diz que PSB tem receio de alguns posicionamentos dela (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)

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Da Redação

Publicado em 27 de junho de 2014 às 17h22.

Brasília - O secretário nacional do segmento LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis) do PSB, Luciano Freitas, admitiu a dificuldade de convencer esse eleitorado a votar numa chapa composta pela vice Marina Silva, que é evangélica.

Freitas afirmou que o grupo tem "receio" de alguns posicionamentos da vice de Eduardo Campos.

"Por mais que tenhamos receio em relação a algumas falas dela que venham causar constrangimentos, dentro da composição do partido ela não tem voz majoritária", disse o dirigente.

Freitas informou que o programa de governo do candidato à Presidência da República trará propostas contemplando o setor.

O programa deve ser lançado em meados de julho e as propostas para o segmento LGBT devem integrar o capítulo "Cidadania e Identidade" - que abrange sugestões para juventude, mulheres, negros, movimentos populares, comunidades indígenas e setor sindical.

O grupo pediu que a campanha faça uma defesa aberta do projeto de lei que criminaliza a homofobia.

O dirigente lembrou que Marina é contrária à união religiosa de casais homoafetivos, mas que reconhece o direito à união civil.

Ele negou que o fato de Marina ser adepta da Assembleia de Deus cause constrangimentos e ressaltou que a Rede Sustentabilidade, sigla em formação liderada por Marina, não é em sua maioria evangélica.

"Mesmo que ela possa tensionar no sentido de ser contrária a algumas políticas feministas e LGBT, ela está dentro de uma composição que ela terá de respeitar", enfatizou.

Para Freitas, a liderança de Campos prevalecerá sobre opiniões conservadoras relacionadas às bandeiras feministas e de militantes da causa LGBT.

"Nós temos um certo receio em relação aos posicionamentos dela (Marina), mas a gente tem confiança em duas coisas: que o partido dela é formado por intelectuais e militantes da área de Direitos Humanos e ela está dentro de uma chapa que tem proposta clara em relação aos homossexuais", disse.

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