Marco Maia: deputado foi acusado pelo ex-presidente da OAS de ter pedido R$ 1 milhão em troca de proteção na CPI da Petrobras em 2014 (Wilson Dias/Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 13 de setembro de 2016 às 21h34.
São Paulo - O deputado Marco Maia (PT-RS), acusado pelo ex-presidente da OAS Léo Pinheiro de ter pedido R$ 1 milhão em troca de proteção na CPI da Petrobras em 2014, afirmou na noite desta terça-feira, 13, que as declarações do empreiteiro em depoimento ao juiz federal Sérgio Moro são "mentirosas, fruto de retaliação de um criminoso" por ele indiciado na comissão parlamentar.
"Refuto com indignação tais ilações! Fui relator de uma CPMI em 2014, onde foi pedido o indiciamento daqueles que hoje me acusam. Foram 52 indiciamentos, mais o pedido de investigações de 20 empresas ao Cade pela prática de crime de cartel", afirmou Maia.
"Como já havia afirmado anteriormente, não recebi nenhuma doação para minha campanha eleitoral de 2014 de quaisquer empresas que estivessem sendo investigadas por tal CPMI. Por fim, utilizarei de todas as medidas legais para que a verdade seja estabelecida e para que os possíveis desgastes a minha imagem parlamentar seja reparado em sua integralidade."
Vital do Rego
O ministro Vital do Rêgo, do Tribunal de Contas da União (TCU), que foi presidente da CPI, afirmou que jamais negociou, com quem quer que seja, valores relacionados a doações ilícitas de campanhas eleitorais ou qualquer tipo de vantagem pessoal.
Leo Pinheiro, no depoimento a Moro, afirmou que Vital do Rêgo esteve numa reunião com ele, o ex-senador Gim Argello (PTB-DF) e o ex-ministro Ricardo Berzoini que teria tratado de uma blindagem ao governo e às empreiteiras.
Vital do Rêgo repudiou, "com veemência, as infundadas alegações, que são novamente desacompanhadas de qualquer prova relacionada ao seu nome".