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Marco Civil será 1º tema a ser tratado no Congresso em 2014

Já a reforma política e o Código da Mineração, apesar da importância, devem exigir mais tempo de debate entre Executivo e Legislativo


	Ideli Salvatti: segundo ministra, o trabalho do relator da proposta, de negociar com todos os partidos da Casa, fez com que os parlamentares avançassem na discussão
 (Getty Images)

Ideli Salvatti: segundo ministra, o trabalho do relator da proposta, de negociar com todos os partidos da Casa, fez com que os parlamentares avançassem na discussão (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 17 de dezembro de 2013 às 11h42.

Brasília - A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, disse hoje (17) que o Marco Civil da Internet será o primeiro assunto a ser discutido com o Congresso em 2014.

Já a reforma política e o Código da Mineração, apesar da importância, devem exigir mais tempo de debate entre Executivo e Legislativo.

O Projeto de Lei 2.126/11, que define o Marco Civil na Internet, tramita com urgência e, por isso, tranca a pauta do plenário da Câmara.

“Vai ter que votar [logo], porque senão a Câmara também não vota mais nada, porque também já ficou claríssimo que a presidenta não vai retirar os vetos”, disse a ministra.

Segundo Ideli, o trabalho do relator da proposta, o deputado Alessandro Molon (PT-RJ), de negociar com todos os partidos da Casa, fez com que os parlamentares avançassem na discussão.

“Acredito que temos condições, que podemos evoluir, seja no debate, na discussão ou na votação.”

Durante café da manhã com os jornalistas no Palácio do Planalto, onde fez um balanço das ações da secretaria em 2013, a ministra disse que trabalha com o prazo de “votar o mais rapidamente possível” o Marco Civil da Internet.

“Este ano acabou, vai ser no ano que vem”, avaliou, referindo-se à possibilidade de a matéria ainda ser apreciada até a próxima semana.

Apesar de dizer que “tem que ir para o voto”, já que o processo de convencimento das bancadas já foi feito, inclusive aperfeiçoando “de forma significativa” o texto, Ideli não quis afirmar que não é possível mais negociação.

“Quantas coisas que estava tudo acertadinho e na hora da votação se faz ajustes”.


De acordo com a ministra, a importância do tema passa pela demanda surgida após as denúncias de suposta espionagem feita pelo governo dos Estados Unidos a empresas e cidadãos brasileiros, entre eles, autoridades como a presidenta Dilma Rousseff.

Por esse motivo, Dilma manteve o regime de urgência, segundo Ideli. “

Olha que ela foi acionada, teve pressão imensa para que fosse retirada a urgência”.

A reforma política foi um dos temas que o governo buscou debater este ano com o Legislativo, mas não conseguiu avanços. Com o ano eleitoral, em 2014, a discussão deve ser adiada mais uma vez.

Em julho deste ano, após as manifestações que levaram milhares de brasileiros às ruas, a presidenta Dilma enviou ao Congresso uma proposta de plebiscito para discutir a reforma política. A ministra Ideli avalia que haverá uma crescente ampliação da judicialização do tema. “

Cada vez mais o Judiciário vai ser acionado e vai entrar [na discussão] e talvez essa ampliação crie o clima político para que o Congresso Nacional se movimente.”

Sobre o Código da Mineração, o PL 5.807/2013, a ministra Ideli disse que o governo tem pressa em aprovar o projeto e não descartou a possibilidade de a presidenta Dilma Rousseff resgatar o regime de urgência do texto.

“Temos pressa porque é um setor importantíssimo da economia brasileira, em que o Brasil tem um potencial significativo”, explicou.

Ideli diz que o debate não será fácil, pois o texto inicial do Código da Mineração, enviado pelo governo ao Congresso, foi profundamente alterado e está controverso. “Será uma matéria sobre a qual vamos ter que nos debruçar com bastante profundidade.”

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