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Marco Aurélio Garcia ironiza "cabeças iluminadas" de Temer

Ex-assessor especial para assuntos internacionais nos governos Lula e Dilma rebateu o discurso de posse do ministro das Relações Exteriores, José Serra

José Serra: declarações de Serra contêm "imprecisões" e estão vinculadas ao que chamou de "aspirações" do ministro de ser candidato à Presidência, diz Marco Aurélio Garcia (Ueslei Marcelino / Reuters)
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Da Redação

Publicado em 20 de maio de 2016 às 11h57.

Brasília - Marco Aurélio Garcia, ex-assessor especial para assuntos internacionais nos governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff , rebateu o discurso de posse do ministro José Serra (Relações Exteriores), no qual o tucano afirmou que a diplomacia brasileira atenderá aos interesses de toda a sociedade, e não de um governo ou de um partido.

Segundo o petista, as declarações de Serra contêm "imprecisões" e estão vinculadas ao que chamou de "aspirações" do ministro de ser candidato à Presidência, em 2018.

"Para defender o interesse nacional, é preciso saber o que é. Não é o que está na cabeça de pessoas iluminadas, mas é algo que decorre da vontade popular", disse Garcia. Para ele, as urnas em 2014 deram a vitória ao projeto do PT, que seria representado somente por Dilma.

Garcia disse ter visto o discurso de Serra como uma "ameaça" a um preceito da política externa das gestões petistas: uma ênfase à América Latina. "Não vimos nenhuma manifestação entusiasmada com o golpe de tipo novo que teve no Brasil."

Garcia apontou como exemplo de "imprecisões" do novo governo a decisão de dar prioridade aos acordos bilaterais e, ao mesmo tempo, ressaltar a importância do acordo entre o Mercosul e a União Europeia, que é multilateral.

Sobre as críticas à ênfase dada a países africanos, Garcia disse que "papel aguenta qualquer coisa". Ele afirmou que, nas gestões do PT, o comércio com a África quintuplicou. "Isso não é só compaixão."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Segundo o petista, as declarações de Serra contêm "imprecisões" e estão vinculadas ao que chamou de "aspirações" do ministro de ser candidato à Presidência, em 2018.

"Para defender o interesse nacional, é preciso saber o que é. Não é o que está na cabeça de pessoas iluminadas, mas é algo que decorre da vontade popular", disse Garcia. Para ele, as urnas em 2014 deram a vitória ao projeto do PT, que seria representado somente por Dilma.

Garcia disse ter visto o discurso de Serra como uma "ameaça" a um preceito da política externa das gestões petistas: uma ênfase à América Latina. "Não vimos nenhuma manifestação entusiasmada com o golpe de tipo novo que teve no Brasil."

Garcia apontou como exemplo de "imprecisões" do novo governo a decisão de dar prioridade aos acordos bilaterais e, ao mesmo tempo, ressaltar a importância do acordo entre o Mercosul e a União Europeia, que é multilateral.

Sobre as críticas à ênfase dada a países africanos, Garcia disse que "papel aguenta qualquer coisa". Ele afirmou que, nas gestões do PT, o comércio com a África quintuplicou. "Isso não é só compaixão."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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