Brasil

Maracanã não vai lotar em amistoso com a Inglaterra

A Fifa vai receber das mãos do governo do Rio, no dia 24, um Maracanã aquém de sua capacidade total de operação


	Maracanã: apesar dos elogios e dos discursos afinados do secretário-geral, Jérôme Valcke, o estádio será repassado à Fifa impedido de ter um funcionamento perfeito
 (REUTERS/Ricardo Moraes)

Maracanã: apesar dos elogios e dos discursos afinados do secretário-geral, Jérôme Valcke, o estádio será repassado à Fifa impedido de ter um funcionamento perfeito (REUTERS/Ricardo Moraes)

DR

Da Redação

Publicado em 17 de maio de 2013 às 10h30.

Rio de Janeiro - A Fifa vai receber das mãos do governo do Rio, no dia 24, um Maracanã aquém de sua capacidade total de operação.

Apesar dos elogios e dos discursos afinados do secretário-geral da entidade, Jérôme Valcke, e dos membros do Comitê Organizador Local (COL), o estádio será repassado à Fifa impedido de ter um funcionamento perfeito.

Os fatos indicam que o amistoso entre Brasil e Inglaterra, dia 2 de junho, dificilmente será realizado com os 79 mil assentos ocupados pelo público.

Uma evidência é o fato de o evento-teste marcado para a última quarta-feira, que deveria ter 50% da capacidade total, ter sido cancelado com o argumento de que era necessário acelerar a realização de testes dos sistemas operacionais.

Abordado pela reportagem, o diretor-geral do COL, Ricardo Trade, hesitou ao responder sobre o assunto.

"Será capacidade máxima, mas... A nossa operação não é total", disse ele, negando que a Fifa encontrará problemas ao assumir o estádio. "De jeito nenhum. Esquece esse negócio de que (o Maracanã) não está acabado. Para de polêmica. O estádio está acabado, falta aquele entornozinho que rapidamente está sendo acabado."

Quando perguntado se os 79 mil ingressos serão vendidos ao público, Trade respondeu: "Pode ficar tranquilo que vamos dar um belo espetáculo".


Vale lembrar o planejamento inicialmente feito pelo governo carioca (e prometido à Fifa) de que o Maracanã receberia dois eventos-teste antes do jogo entre brasileiros e ingleses.

Para o do dia 27, com 30% da capacidade, foi realizado um jogo festivo entre amigos de Ronaldo e amigos de Bebeto, uma forma de fazer parecer que a promessa do governador Sérgio Cabral a Valcke de finalizar a obra naquele dia havia sido cumprida.

A realização do segundo evento-teste, de menor expressão, era importante para garantir que o Maracanã estaria pronto para público máximo. O próprio Valcke admitiu tal necessidade ao dizer, em março, que "temos de ter eventos-teste para assegurar que 75 mil pessoas possam ir ao banheiro e comer."

Na entrevista coletiva concedida após a última reunião antes da Copa das Confederações, na quinta, na sede do COL, Valcke procurou exaltar que, apesar dos pesares, a meta final foi alcançada.

"É o cenário com o qual trabalhamos desde o primeiro dia: seis sedes para as Confederações e 12 para a Copa. O Brasil, com muito trabalho, muita tensão, bons e maus momentos, conseguiu cumprir o prometido", disse o francês, ao lado de José Maria Marin, presidente do COL, e do ministro do Esporte, Aldo Rebelo.

Acompanhe tudo sobre:Copa das ConfederaçõesCopa do MundoEsportesEstádiosFifaFutebol

Mais de Brasil

Governo e Senado pedem ao STF prorrogação de prazo de acordo sobre desoneração da folha

Lula diz que proposta de segurança do governo será elaborada com 27 governadores

Aeroporto de Porto Alegre será reaberto em outubro com 50 voos diários, diz ministro

Governo Lula é ruim ou péssimo para 44,2% e bom ou ótimo para 37,7%, aponta pesquisa Futura

Mais na Exame