Novas arquibancadas estão sendo instaladas, e as obras do sistema de drenagem do campo estão em fase de conclusão (Monitoramento/Ministério do Esporte)
Da Redação
Publicado em 11 de junho de 2012 às 18h41.
Rio - Com mais de 54% de suas obras concluídas, o Maracanã caminha para ser entregue no prazo estabelecido junto à Fifa, em fevereiro de 2013, a tempo de ser usado como sede da Copa das Confederações. Mas ainda existem questões pendentes entre os responsáveis pela reforma do estádio e a Fifa, que precisam ser definidas nas próximas semanas para não atrasar o cronograma e extrapolar o orçamento de R$ 859 milhões. São elas: o método de drenagem do gramado, o modelo das cadeiras das arquibancadas e a iluminação.
O ponto mais nevrálgico neste momento é o sistema de drenagem a ser utilizado. A Emop (Empresa de Obras Públicas do Estado do Rio) insiste em utilizar o método tradicional. A Fifa prega a instalação do sistema de drenagem a vácuo, mais eficiente, mas muito mais caro. "Estamos há cinco meses em debates técnicos com a Fifa, tentando convencê-los", conta Ícaro Moreno, presidente da Emop.
Segundo o engenheiro, além do alto custo, o principal problema para instalar o modelo a vácuo é a geografia do Maracanã. O estádio está localizado ao lado de um rio e o lençol freático corre 80 cm abaixo do nível do gramado. Para a colocação do sistema desejado pela Fifa, seriam necessários tempo e dinheiro que a Emop e o Consórcio que toca a obra não têm.
"Teríamos duas opções. Uma seria rebaixar o lençol freático, uma solução para o longo prazo. A outra, a construção de uma grande laje (embaixo do gramado). Ambas são inviáveis", alerta Moreno.
O caráter taxativo da afirmação evidencia que, se a Fifa insistir com sua demanda, o cronograma de entrega do Maracanã pode sofrer novo atraso e o orçamento certamente inflaria mais uma vez - a necessidade da construção de uma nova cobertura, definida no ano passado, esticou o prazo inicial de entrega de dezembro deste ano para fevereiro de 2013, além do aumento do custo de R$ 705 milhões para os atuais R$ 859 milhões.
Apesar do impasse, Moreno ressalta que as discussões caminham para um consenso e que ainda há tempo para a definição tanto dessa questão quanto da escolha dos assentos dos variados setores e dos equipamentos de iluminação.