Plenário da Alerj: ao fim da sessão, um grupo com 20 pessoas anunciou que ficaria no plenário até o protesto chegar à Assembleia (Thaisa Araújo/Alerj)
Da Redação
Publicado em 8 de agosto de 2013 às 20h15.
Rio de Janeiro - Os manifestantes que ocupavam o plenário da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) foram retirados.
De acordo com o deputado Marcelo Freixo (PSOL), os seguranças usaram de força excessiva. O deputado relatou que os parlamentares estavam em sessão de votação e um grupo de manifestantes acompanhava da galeria. Ao fim da sessão, um grupo com 20 pessoas anunciou que ficaria no plenário até o protesto chegar à Alerj.
"Desde o começo, eles informaram que não quebrariam nada na Alerj, como de fato não quebraram. Eles estavam ali em um ato político, em uma casa política, e, no meu entendimento, a resposta deveria ser política", disse.
"Eu estava junto, com o deputado Wagner Montes (PSD), e a retirada de uma pessoa não necessita de soco, pontapé, cassetete, spray de pimenta, empurrão na escada, e tudo isso foi usado, na nossa frente. Eu acho absolutamente desnecessário", acrescentou o deputado.
O presidente da assembleia, deputado Paulo Melo (PMDB), informou, por meio da assessoria de comunicação da Casa, que partiu dele a ordem para desocupação das galerias por cerca de 20 manifestantes, no início da noite. Segundo a assessoria, a ordem de desocupação foi determinada após mais de 40 minutos de tentativas de negociação, que não tiveram resultado.
Diante da resistência dos manifestantes, a segurança da Alerj entrou em ação, imobilizando alguns ativistas, que se recusavam a deixar o prédio, de acordo com a assessoria. Um dos seguranças acionou um spray de pimenta, mas segundo a assessoria da Alerj, foi um fato isolado.
Desde o final da tarde, trabalhadores, estudantes, membros de partidos políticos e movimentos populares protestam contra políticas do governador Sérgio Cabral e do prefeito Eduardo Paes. Policiais revistaram alguns manifestantes durante o ato em frente à Alerj, que terminou sem grandes tumultos. Os manifestantes seguem para a Cinelândia.