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Manifestantes pró-Lula iniciam marchas em Porto Alegre

Apoiadores de Lula esperam para hoje à tarde uma decisão sobre sua vinda na terça-feira a Porto Alegre

Lula: caminhada passou pelo centro de Porto Alegre e chegou até o anfiteatro Por do Sol (Ueslei Marcelino/Reuters)

Lula: caminhada passou pelo centro de Porto Alegre e chegou até o anfiteatro Por do Sol (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Reuters

Publicado em 22 de janeiro de 2018 às 17h49.

Porto Alegre - Os primeiros manifestantes em defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva começaram a chegar na manhã desta segunda-feira a Porto Alegre, com uma marcha que reuniu cerca de 3 mil pessoas em uma das principais vias de acesso da capital gaúcha.

Os grupos que vieram à cidade para apoiar o ex-presidente durante o julgamento esperam para hoje à tarde uma decisão de Lula sobre sua vinda na terça-feira à cidade.

"O presidente já nos manifestou seu desejo de vir para a caminhada de amanhã (terça) a partir da esquina democrática", disse à Reuters o ex-ministro Alexandre Padilha, que coordena a organização das manifestações em Porto Alegre. "Ele iria se reunir com seus advogados par tomar uma decisão."

Lula não irá ficar para o julgamento. Sua intenção é acompanhar a sessão na sede do partido em São Paulo ou em São Bernardo do Campo (SP), acompanhado de outros petistas de alto escalão.

Mas, nesta segunda-feira, confirmou Padilha, equipes de segurança do ex-presidente estiveram em Porto Alegre para fazer um levantamento das condições para Lula ser recebido.

Na marcha desta manhã, estavam, além de Padilha, a presidente do PT, senadora Gleisi Hoffman, o e o deputado Paulo Pimenta, entre outros petistas conhecidos.

A caminhada passou pelo centro de Porto Alegre e chegou até o anfiteatro Por do Sol, uma área aberta, às margens do rio Guaíba, a cerca de um quilômetro do TRF-4, onde os manifestantes ficarão acampados.

Homens da Força Nacional de Segurança e da Brigada Militar já patrulham a região do TRF-4 desde a semana passada.

O secretário de Segurança do Rio Grande do Sul, César Schirmer, detalhou, em entrevista nesta segunda, o esquema preparado para o julgamento.

Segundo ele, haverá um bloqueio por terra, pelo ar e pelo rio --que fica próximo ao prédio-- a partir do final da tarde de terça-feira.

Além disso, todas as repartições públicas que ficam na área --inclusive a Câmara de Vereadores-- não terão expediente nos dias 23 e 24.

"Democracia pressupõe o direito de manifestação, dentro dos limites da lei e do Estado de Direito. Nosso propósito é garantir esse direito à manifestação dentro dos princípios constitucionais", disse Schirmer.

Os manifestantes favoráveis ao presidente poderão chegar até cerca de 600 metros do tribunal, mas não poderão entrar no perímetro cercado --aproximadamente quatro quadras em torno do tribunal.

Já os manifestantes contrários ao ex-presidente marcaram um evento para comemorar uma eventual condenação de Lula no final da tarde do dia 24 do outro lado da cidade, no Parque Moinhos de Vento, área nobre de Porto Alegre.

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