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Manifestantes desocupam prédio do Ministério da Saúde no Rio

Durante os dias de ocupação, cerca de 50 pessoas participavam das ações do grupo que oferecia oficinas e aulas culturais


	NERJ: durante os dias de ocupação, cerca de 50 pessoas participavam das ações do grupo que oferecia oficinas e aulas culturais
 (Tânia Rêgo/ Agência Brasil)

NERJ: durante os dias de ocupação, cerca de 50 pessoas participavam das ações do grupo que oferecia oficinas e aulas culturais (Tânia Rêgo/ Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 27 de junho de 2016 às 13h37.

Rio de Janeiro - Cerca de 25 manifestantes deixaram, na manhã de hoje (27), o prédio do Núcleo Estadual do Ministério da Saúde no Rio de Janeiro (Nerj), depois de 20 dias de ocupação do edifício.

Na última sexta-feira (24), um mandato de reintegração de posse havia sido obtido pelo governo. Porém, os ocupantes decidiram sair por conta própria, sem a ação da polícia. Após se retirar, o grupo fechou por alguns minutos o trânsito da Rua México, no centro do Rio., Minis

Segundo a psicóloga sanitarista do Sistema Único de Saúde (SUS) e participante do movimento Ocupa SUS, Amanda Almeida, o grupo decidiu sair para garantir sua própria segurança. De acordo com ela, os manifestantes já estavam esgotados de cansaço e com a segurança sendo colocada em risco.

“Ficamos sabendo do mandato de reintegração de posse na sexta-feira mesmo, embora isso não tenha sido entregue diretamente para nós e, sim, para as entidades que nos apoiam. Chegamos a cogitar uma possível liminar, porém decidimos que não negociaremos com o governo ilegítimo de Michel Temer. Sem mencionar que estávamos começando a ter problemas de segurança como, por exemplo, no último sábado, quando trancaram as portas do andar em que estávamos e nos deixaram literalmente presos. Todos estamos muito cansados também, porque somos, antes de tudo, servidores públicos e tínhamos que conciliar nossas vidas com a ocupação”.

Amanda preferiu não classificar o ato de hoje como uma desocupação, já que, segundo ela, o movimento não se restringe ao prédio do NERJ, mas, sim, a todo o sistema de saúde.

“Não estamos desocupando, definitivamente. É uma saída estratégica, visando o melhor para todos. Já na próxima sexta-feira (1º), realizaremos uma reunião para decidir os próximos passos. Continuaremos resistindo, ocupando e lutando pelos nossos direitos”, disse.

A psicóloga afirmou que o movimento é formado unicamente por profissionais e estudantes de saúde e usuários do SUS, e explicou quais são as motivações do Ocupa SUS.

Durante os dias de ocupação, cerca de 50 pessoas participavam das ações do grupo que oferecia oficinas e aulas culturais.

“Queremos um SUS gratuito e de qualidade para todos. Não admitimos privatização na saúde sob nenhuma hipótese. Outras pautas importantes são as nossas lutas contra a nomeação de Jair Veiga para o Departamento de Gestão Hospitalar (DGH) e contra a permanência de Ricardo Barros como ministro da saúde”.

Procurado pela Agência Brasil, o Nerj não se manifestou até o fechamento desta reportagem.

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