O Palácio dos Bandeirantes: procurado, o Palácio informou, por meio da assessoria de imprensa, que não irá se pronunciar sobre o assunto (Wikimedia Commons)
Da Redação
Publicado em 7 de agosto de 2013 às 19h18.
São Paulo – Cerca de 20 manifestantes permanecem acampados, desde sábado (3), em frente ao Palácio dos Bandeirantes, sede do governo do estado de São Paulo, na zona sul da capital paulista, onde reside o governador Geraldo Alckmin.
O número de ativistas varia de acordo com o horário. Segundo eles, à noite, a quantidade de pessoas no acampamento chega a mais que dobrar.
“Está vindo mais gente, o pessoal está se revezando porque ninguém aqui é vagabundo, todo mundo é trabalhador ou estudante. Um trabalha à noite, de madrugada, e vem durante o dia. O que trabalha durante o dia vem de noite, ou sai da faculdade e vem para cá”, disse Renato Jorre, estudante de direito.
Os manifestantes pedem a criação de uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) para investigar a recente denúncia de formação de cartel nas licitações do metrô e trens de São Paulo.
Querem também a desmilitarização da polícia e a responsabilização do governo estadual em casos de violações de direitos humanos, entre eles os ocorridos na reintegração de posse da comunidade Pinheirinho, em São José dos Campos, e do Massacre do Carandiru.
“Os que não podem vir e passar a noite aqui, participam das assembleias, dão ideias, ajudam na confecção de cartazes, e fazem doações. Inclusive, os moradores da região [do bairro do Morumbi] estão colaborando bastante, doando comida e água. Mas a gente não vai agradar todo mundo. Existem os reacionários, que estão xingando. Mas a maioria apoia”, destacou Jorre.
Os manifestantes disseram que até hoje não houve confronto com a polícia que faz a guarda do palácio e que a situação é tranquila. O acampamento conta, frequentemente, com transmissão ao vivo do grupo Narrativas Independentes, Jornalismo e Ação (Ninja). A transmissão pode ser acessada também pelo site http://canalpostv.blogspot.com.br.
Procurado pela reportagem, o Palácio Bandeirantes informou, por meio da assessoria de imprensa, que não irá se pronunciar sobre o assunto.