Praça Sete, em Belo Horizonte, Minas Gerais: a capital mineira amanheceu sem metrô, que atende diariamente a mais de 200 mil pessoas, segundo a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU). (WikimediaCommons)
Da Redação
Publicado em 11 de julho de 2013 às 13h35.
Rio de Janeiro - Manifestantes e sindicatos saíram às ruas hoje (11) em várias cidades de Minas Gerais. De acordo com a Central Sindical e Popular (Conlutas) vários setores, como o de metalurgia, de construção civil e o rodoviário estão parcialmente paralisados em cidades do interior do estado.
Centenas de pessoas ocuparam a Praça Sete, no centro de Belo Horizonte, pela manhã, e percorrem ruas do entorno, deixando o trânsito congestionado na região.
A capital mineira amanheceu sem metrô, que atende diariamente a mais de 200 mil pessoas, segundo a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU). O Tribunal Regional do Trabalho (TRT) determinou que 50% das viagens de metrô devem ser mantidas nos horários de pico, mas nenhum trem está funcionando.
A CBTU informou que os ônibus da cidade estão funcionando normalmente, mas algumas linhas não funcionaram no início da manhã. Algumas escolas não abriram, mas bancos e comércio funcionam normalmente na capital mineira.
A aluna de química, Joice Chagas dos Santos, 18 anos, soube no dia anterior que não haveria aula na escola técnica que frequenta. “A diretora avisou na aula de ontem que não teria aula para não correr o risco de os alunos ficarem na rua sem ônibus e não prejudicar ninguém”, contou a aluna que também trabalha como atendente e foi trabalhar normalmente. “Está tudo muito tranquilo, mas como os ônibus estão trabalhando em horário reduzido, parece dia de domingo”, disse.
Em Itaúna, houve manifestações em alguns pontos e caminhoneiros fizeram protestos nas principais rodovias, mas comércio e banco funcionam normalmente. Em Itabira, centro-leste, 100 km de Belo Horizonte, uma manifestação reuniu sindicatos locais, associações e movimentos civis no centro da cidade, de acordo com o sindicato Metabase, do setor extrativo em 30 cidades da região. O vice-presidente do sindicato, Carlos Roberto de Assis Ferreira, disse que o protesto é pacífico e tem como principais bandeiras a garantia dos direitos trabalhistas.
“O movimento reivindica, principalmente, o fim do fator previdenciário, a redução para a jornada de 40 horas, vinculação do reajuste do aposentado ao salário mínimo, mas também pedimos melhoria na saúde, na mobilidade urbana e na educação”, disse ele.
Alguns trabalhadores da mineração bloquearam parcialmente a via de acesso ao complexo de mineração da companhia Vale em Antônio Pereira e Mariana na parte da manhã por duas horas. A empresa informou que não houve impacto significativo na produção. Em São João Del Rey, há paralisação dos metalúrgicos e diversas categorias, de servidores municipais e funcionários da universidade federal.