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Manhã é marcada por tiroteios em comunidades do Rio

A Rocinha vive em estado de alerta desde 17 de setembro, quando teve início uma briga entre facções rivais pelo comando da favela

Tensão no Rio: moradores acordados com o barulho dos disparos (Bruno Kelly/Reuters)

Tensão no Rio: moradores acordados com o barulho dos disparos (Bruno Kelly/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 14 de outubro de 2017 às 12h14.

Rio - A manhã deste sábado começou tensa em pelo menos duas favelas do Rio, depois de uma sexta-feira marcada por tiroteios em bairros nobres da cidade como Lagoa e Laranjeiras, onde fica o Palácio Guanabara, sede do governo do Estado. Na Rocinha, em São Conrado, e nas comunidades Pavão Pavãozinho e Cantagalo, na divisa entre Copacabana e Ipanema, moradores foram acordados com o barulho de disparos.

No Pavão-Pavãozinho o tiroteio começou bem cedo. Segundo o comando da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) Pavão/Pavãozinho/Cantagalo, policiais realizavam patrulhamento pela Rua Saint Roman, que dá acesso ao morro, quando criminosos armados entraram em confronto com a guarnição, por volta das 7 horas deste sábado. Até o momento, não há registro de presos ou feridos na ação. O policiamento foi intensificado.

Na Rocinha, a Polícia Militar informou que, por volta das 9 horas, policiais estavam na entrada do Beco 199 quando bandidos atiraram em sua direção. De acordo com a corporação, não há relato de feridos. Os tiroteios levaram uma agência da Caixa a suspender suas atividades na comunidade, como mostra um comunicado colado à porta da agência e postado na página "Rocinha em foco", no Facebook. O atendimento foi deslocado para uma agência em um shopping no bairro da Gávea.

A Rocinha vive em estado de alerta desde 17 de setembro, quando teve início uma briga entre facções rivais pelo comando da favela. O conflito armado teria começado por ordens do antigo chefe do tráfico no local, Antonio Francisco Bonfim Lopes, o Nem. Preso desde 2011, ele teria dado ordens de dentro da cadeia em Porto Velho, Rondônia, para que aliados retomassem o controle do tráfico na região, hoje dominado por Rogério Avelino da Silva, o Rogério 157, que está foragido. As Forças Armadas reforçaram a segurança do dia 22 de setembro ao dia 29. Na última semana as tropas retornaram para apoio pontual a duas operações da PM, que está com seu efetivo reforçado na favela.

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