Malafaia promete protesto contra indicação de Barroso
De passagem pelo Senado na tarde desta terça, Malafaia avisou que Barroso não terá "refresco"
Da Redação
Publicado em 4 de junho de 2013 às 19h31.
Brasília - O pastor Silas Malafaia e o senador Magno Malta (PMDB-ES) prometeram nesta terça-feira aproveitar uma marcha religiosa que será realizada nesta quarta, 5, em frente ao Congresso Nacional para protestar contra a indicação do advogado Luís Roberto Barroso para ministro do Supremo Tribunal Federal ( STF ).
De passagem pelo Senado na tarde desta terça, Malafaia avisou que Barroso não terá "refresco". A maior queixa dos evangélicos em relação a Barroso diz respeito à atuação do advogado na defesa no próprio Supremo de ações que permitiram a união civil homoafetiva e o aborto de fetos anencéfalos.
A sabatina de Barroso na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado está marcada para começar no final da manhã. No mesmo dia, entretanto, a Esplanada dos Ministério receberá, a "manifestação em defesa da família tradicional, da vida, da liberdade de expressão e religiosa".
Segundo Malafaia, o evento deve reunir pelo menos 100 mil pessoas, com ato em frente ao Congresso marcado para as 15 horas.
"Se nos Estados Unidos ou na Europa um camarada que é candidato ao Supremo abre a boca para falar o que ele está falando, ele não era nada", afirmou Silas Malafaia, um dos organizadores do protesto, que chamou o indicado de "falastrão" e o acusou de "rasgar" a Constituição.
"Ele (Barroso) disse que é a favor do aborto, de casamento homoafetivo. Estou achando que isso é critério para ir para lá", ironizou Magno Malta.
Malafaia insinuou que a ida de Barroso ao Supremo tem por objetivo fazer um contraponto ao presidente da Corte, ministro Joaquim Barbosa. "Estou desconfiado que ele está sendo também indicado como uma tentativa do politicamente correto se contrapor ao presidente do Supremo, que é um cara muito popular", disse. "Isto é, todo lixo moral que muita gente apoia, ele (Barroso) apoia também".
O senador capixaba, que destacou ter posições "absolutamente" contrárias ao do indicado para o STF, não quis opinar se a CCJ vai rejeitar o nome de Barroso. "Ali é um colegiado que tem que votar. Eu tenho minha posição formada e o voto é secreto", disse.
Homofobia
A dupla também criticou a intenção do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), de acelerar a tramitação de um projeto de lei que criminaliza a homofobia.
A proposta, que atualmente está na Comissão de Direitos Humanos, tendo o senador Paulo Paim (PT-RS) como relator, pretende criar uma lei própria para quem comete crimes de ódio e intolerância "por discriminação ou preconceito de identidade de gênero, orientação sexual, idade, deficiência ou motivo assemelhado".
"Isso é uma brincadeira de mau gosto. Nem me passa pela cabeça que o presidente Renan cometerá uma atrocidade dessa maneira violando direitos da sociedade, regimento interno e acima de tudo desrespeitando o senador (Paulo) Paim e a nós todos que queremos discutir essa matéria", criticou Malta.
"Não acredito que ele seja tão inconsequente assim", completou Malafaia, ao sugerir que a decisão do presidente do Senado busca "agradar" o público participante da Parada Gay, ocorrida em São Paulo no final de semana.
Brasília - O pastor Silas Malafaia e o senador Magno Malta (PMDB-ES) prometeram nesta terça-feira aproveitar uma marcha religiosa que será realizada nesta quarta, 5, em frente ao Congresso Nacional para protestar contra a indicação do advogado Luís Roberto Barroso para ministro do Supremo Tribunal Federal ( STF ).
De passagem pelo Senado na tarde desta terça, Malafaia avisou que Barroso não terá "refresco". A maior queixa dos evangélicos em relação a Barroso diz respeito à atuação do advogado na defesa no próprio Supremo de ações que permitiram a união civil homoafetiva e o aborto de fetos anencéfalos.
A sabatina de Barroso na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado está marcada para começar no final da manhã. No mesmo dia, entretanto, a Esplanada dos Ministério receberá, a "manifestação em defesa da família tradicional, da vida, da liberdade de expressão e religiosa".
Segundo Malafaia, o evento deve reunir pelo menos 100 mil pessoas, com ato em frente ao Congresso marcado para as 15 horas.
"Se nos Estados Unidos ou na Europa um camarada que é candidato ao Supremo abre a boca para falar o que ele está falando, ele não era nada", afirmou Silas Malafaia, um dos organizadores do protesto, que chamou o indicado de "falastrão" e o acusou de "rasgar" a Constituição.
"Ele (Barroso) disse que é a favor do aborto, de casamento homoafetivo. Estou achando que isso é critério para ir para lá", ironizou Magno Malta.
Malafaia insinuou que a ida de Barroso ao Supremo tem por objetivo fazer um contraponto ao presidente da Corte, ministro Joaquim Barbosa. "Estou desconfiado que ele está sendo também indicado como uma tentativa do politicamente correto se contrapor ao presidente do Supremo, que é um cara muito popular", disse. "Isto é, todo lixo moral que muita gente apoia, ele (Barroso) apoia também".
O senador capixaba, que destacou ter posições "absolutamente" contrárias ao do indicado para o STF, não quis opinar se a CCJ vai rejeitar o nome de Barroso. "Ali é um colegiado que tem que votar. Eu tenho minha posição formada e o voto é secreto", disse.
Homofobia
A dupla também criticou a intenção do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), de acelerar a tramitação de um projeto de lei que criminaliza a homofobia.
A proposta, que atualmente está na Comissão de Direitos Humanos, tendo o senador Paulo Paim (PT-RS) como relator, pretende criar uma lei própria para quem comete crimes de ódio e intolerância "por discriminação ou preconceito de identidade de gênero, orientação sexual, idade, deficiência ou motivo assemelhado".
"Isso é uma brincadeira de mau gosto. Nem me passa pela cabeça que o presidente Renan cometerá uma atrocidade dessa maneira violando direitos da sociedade, regimento interno e acima de tudo desrespeitando o senador (Paulo) Paim e a nós todos que queremos discutir essa matéria", criticou Malta.
"Não acredito que ele seja tão inconsequente assim", completou Malafaia, ao sugerir que a decisão do presidente do Senado busca "agradar" o público participante da Parada Gay, ocorrida em São Paulo no final de semana.