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Major Olímpio se diz preparado para ser líder, mas que não é oferecido

Deputado federal defende a redução da maioridade penal, não é a favor da liberalização do uso de drogas e apoia a revisão do estatuto do desarmamento

Major Olímpio : presidente do PSL estadual em São Paulo atualmente exerce o mandato de deputado federal (Facebook/Reprodução)
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Agência Brasil

Publicado em 10 de dezembro de 2018 às 13h10.

Senador eleito com a maior votação registrada no estado de São Paulo, Major Olímpio (PSL) ganhou força no partido do presidente eleito, Jair Bolsonaro , e chega ao Senado com cacife para pleitear cargos de comando. Mas, sinalizando a disputa de poder que existe na sigla, ele afirma: "eu me sinto preparado para, um dia ou talvez agora, dirigir a Casa, ser líder do partido ou do governo. Simplesmente uma coisa, não sou eu quem vai definir isso. Eu não me insiro, nem fico de oferecido, mas também não me omito. Se houver o entendimento de que eu possa ser alguém para auxiliar nesse processo, muito bem. Senão, a única certeza que eu tenho, eu serei um dos 81 votos de senador", ressaltou.

Major Olímpio concedeu entrevista ao programa Conversa com Roseann Kennedy um dia antes de vir a público o bate-boca no grupo do WhatsApp do PSL por protagonismo no partido. O programa vai ao ar nesta segunda (10), às 21h15, na TV Brasil.

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Presidente do PSL estadual em São Paulo, Major Olímpio atualmente exerce o mandato de deputado federal. Quando migrar para o Salão Azul do Congresso Nacional, será o primeiro policial militar a ocupar uma vaga no Senado. Ele entrou para a corporação em 1978. No Senado, assume compromissos com a categoria e diz que segurança pública será sua pauta prioritária.

"Nós acabamos de sair de uma campanha onde a questão da segurança ganhou até um aspecto maior para a população do que a própria economia. Chegamos num quadro em que temos quase 100 mil brasileiros sendo executados por ano. Então, minimizar a tragédia da criminalidade é sempre um grande desafio e o meu desafio profissional", pontua.

Por adotar uma postura linha dura, quando o assunto é criminalidade, Major Olímpio relata que já foi alvo de ameaças, mas ironiza: "Quando para eu ter cuidado porque alguém tá querendo me matar, eu aviso que precisa pegar a fila".

Major Olímpio defende a redução da maioridade penal, não é a favor da liberalização do uso de drogas, apoia a revisão do estatuto do desarmamento. Ou seja, na pauta segurança está alinhado com Jair Bolsonaro. Em outros assuntos divergem. Na campanha deste ano, por exemplo, o major contrariou o capitão ao apoiar a candidatura de Márcio França ao governo de São Paulo.

"O presidente Jair Bolsonaro é um querido amigo que eu respeito demais, não vamos concordar em todas as posições na vida. Mas nas pautas de segurança o nosso pensamento é muito próximo e convergente, até pela nossa origem. Nós vivemos o terror e somos solução para o terror em que vive a sociedade".

Sobre a composição do próximo governo, sem distribuição de cargos para partidos, Major Olímpio faz um alerta, e diz que "o cachimbo deixa a boca torta" e, portanto, haverá resistências. "Há as resistências de toda ordem, mas vai ser um processo de adequação. A gente tem visto com muito bons olhos o posicionamento dos partidos, das lideranças, um empenho para uma coisa maior chamada Brasil", vislumbra.

Nesta entrevista à TV Brasil ele também fala de soluções para a crise penitenciária, destaca a importância da reforma da Previdência com tratamento diferenciado para os policiais e revela números estarrecedores sobre a violência no país.

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