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Mais de 16 mil vivem em áreas de risco no litoral de SP

Risco geológico está presente nas cidades de Caraguatatuba, Cubatão, São Sebastião, Ubatuba, São Vicente Santos e Guarujá

Favela em São Sebastião, litoral de São Paulo: área de risco geológico (DIVULGAÇÃO)

Favela em São Sebastião, litoral de São Paulo: área de risco geológico (DIVULGAÇÃO)

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Da Redação

Publicado em 19 de janeiro de 2011 às 08h14.

São Paulo - A Serra do Mar paulista, região que engloba alguns dos municípios do Estado mais vulneráveis a deslizamento de terra, como Caraguatatuba, Cubatão, São Sebastião, Ubatuba, São Vicente Santos e Guarujá, ainda tem pelo menos 16 mil pessoas vivendo em áreas de risco geológico.

Os dados, que consideram apenas as famílias que moram no interior do Parque Estadual da Serra do Mar, foram levantados pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) a pedido do governo do Estado, que desde 2007 tem um plano de remoção da população que vive na região e ontem anunciou que vai retirar todo mundo até julho do ano que vem.

Os municípios de Teresópolis, Petrópolis e Nova Friburgo, os maiores palcos da tragédia que matou 710 pessoas no Rio de Janeiro, localizam-se na parte fluminense da Serra do Mar. Na porção paulista, a maioria das famílias que mora em áreas de risco está em Cubatão. São cerca de 3.800 (pouco mais de 15 mil pessoas), que ocupam três núcleos principais na encosta da serra. Outras 140 vivem nos demais 22 municípios que integram o parque estadual.

Hoje há 3.600 casas em construção em Cubatão e as mudanças devem ocorrer conforme os prédios fiquem prontos. Outras 960 serão levadas a edifícios na Baixada Santista. Já deixaram as áreas de risco 757 famílias. Serão investidos mais de R$ 1 bilhão até 2012.

“As duas partes da Serra do Mar são formadas por rochas antigas, com relevo íngreme, que dificultam a formação do solo e ficam mais sujeitas a deslizamentos de terra. A parte fluminense, no entanto, é mais povoada e íngreme, o que potencializa os desastres”, afirma o coordenador do Instituto Geológico, Paulo Fernandes da Silva, que presta assessoria técnica à Defesa Civil do Estado. “Mas a parte paulista também é vulnerável, como vimos pelo desastre de 1967 em Caraguatatuba". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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