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Maioria é contra doações de empresas a políticos, diz OAB

Pesquisa encomendada pela OAB mostra que 74% dos brasileiros não concordam com o financiamento privado de campanhas; Cunha diz que OAB não tem credibilidade


	79% dos entrevistados acreditam que a corrupção é estimulada por doações de empresas
 (Getty Images)

79% dos entrevistados acreditam que a corrupção é estimulada por doações de empresas (Getty Images)

Rita Azevedo

Rita Azevedo

Publicado em 7 de julho de 2015 às 10h44.

São Paulo - Quase 75% dos brasileiros não concordam com o financiamento privado de campanhas eleitorais, segundo uma pesquisa realizada pelo Datafolha, a pedido da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

Cerca de 15% dos entrevistados se mostraram favoráveis às doações de empresas para campanhas e 10% não opinaram sobre o assunto. 

Para 79% dos pesquisados, a corrupção é estimulada por doações de empresas, 12% não apontaram relação, 3% acreditam que a doação privada combate a corrupção e 6% não têm opinião formada sobre o assunto. 

A pesquisa foi realizada entre os dias 9 e 13 de junho, em 135 municípios das cinco regiões do país. O Datafolha ouviu 2.125 entrevistados. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos. 

Na Câmara

O presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) comentou a pesquisa e criticou a OAB. Cunha, que é favorável às doações, disse que a entidade é um cartel e que não tem credibilidade. Sobre a pesquisa, o parlamentar disse que avaliará o "grau de legitimidade" do levantamento.

No final de maio, a Câmara aprovou projeto que permite que partidos políticos recebam doações empresariais. Assim como fez recentemente, na votação da redução da maioridade penal, Cunha apresentou um texto alternativo 24 horas após a proposta original ser rejeitada pelos parlamentares. 

A manobra foi critica pela OAB, que informou que irá ao Supremo Tribunal Federal (STF) no caso de o projeto de redução da maioridade penal ser aprovado em segundo turno na Câmara e também no Senado.

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