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Maia diz que é cedo para saber se DEM poderá ocupar espaço

Para o presidente da Câmara, o ex-presidente Lula está "fora" do processo eleitoral e que a rejeição aos tucanos é alta

Rodrigo Maia: "Agora, que há uma avenida aberta sem carros na frente há, para todo mundo" (Ueslei Marcelino/Reuters)

Rodrigo Maia: "Agora, que há uma avenida aberta sem carros na frente há, para todo mundo" (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Reuters

Publicado em 16 de fevereiro de 2018 às 16h01.

Brasília - O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), elogiou nesta sexta-feira o apresentador de TV Luciano Huck, que na véspera reafirmou que não será candidato à Presidência neste ano, e o deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ), pré-candidato ao Planalto pelo PSL, embora tenha avaliado que o "discurso extremado" tende a perder força durante o processo eleitoral.

Em café da manhã com jornalistas, Maia disse que ainda é cedo para saber se seu partido, o DEM, terá condições de ocupar um espaço maior na disputa eleitoral por considerar que ainda está "muito cedo" para se discutir isso.

"Agora, que há uma avenida aberta sem carros na frente há, para todo mundo", destacou Maia, cujo nome tem sido apontado como possível presidenciável.

Para o presidente da Câmara, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva está "fora" do processo eleitoral. O petista é líder nas pesquisas de intenção de voto, mas corre o risco de ser impedido de entrar na disputa por ter sido condenado ma Justiça em segunda instância em razão da Lei da Ficha Limpa.

Maia disse também que o candidato à Presidência pelo PSDB no pleito de 2014, o senador Aécio Neves (MG), está "enfraquecido" e que a rejeição aos tucanos é alta. Ele não citou nominalmente o governador de São Paulo e presidente da legenda, Geraldo Alckmin, tido como o provável nome do partido ao Planalto em outubro.

"Há uma avenida que não tem ninguém trafegando, alguém vai ter que ocupar esse espaço. Quem será? Cada partido vai ter a sua estratégia", destacou.

Maia disse também que a eleição de outubro não é um ponto em debate na intervenção federal da segurança pública do Estado do Rio de Janeiro, decidida no final da noite de quinta-feira pelo governo federal.

Huck e Bolsonaro

O presidente da Câmara afirmou que Huck seria um "ótimo candidato" a presidente. Destacou que o apresentador é um quadro de formação, sempre gostou de política e participou do processo eleitoral. Para ele, mesmo não participando diretamente como candidato, sua atuação no processo eleitoral está "colocada".

Maia disse também que é um dos poucos que elogiou muito Bolsonaro pela capacidade de se reinventar na política e de chamar a atenção nas redes sociais. Bolsonaro deixará o PSC e se filiará ao PSL para disputar a Presidência em outubro.

Maia citou o exemplo dos embates radicalizados que o deputado protagonizou com os colegas de Câmara Jean Willys (PSOL-RJ) e Maria do Rosário (PT-RS), que, na avaliação dele, trouxe resultado para o pré-candidato ao Planalto.

Segundo o presidente da Câmara, Bolsonaro teve um bom desempenho eleitoral no Rio e tornou-se um ator relevante no processo nacional. "Não dá para tirar os méritos do Bolsonaro e ainda teve a sorte que a segurança se tornou um tema prioritário", disse ele, ressaltando uma agenda recorrente nas ações do deputado.

Maia, contudo, apontou fragilidades no colega parlamentar, atual segundo colocado nas pesquisas de intenção de voto. "Minha opinião é que o discurso extremado acaba perdendo força ao longo do processo, ele cresce e depois sai do processo, esvazia", avaliou.

"Agora, como eu disse, como a avenida ainda está aberta, esvazia quando? Com quantos por cento? Isso inviabiliza ele de sair do segundo turno? Não sei. Está muito longe para fazer esse tipo de avaliação", ponderou.

 

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